O aspeto do reef artificial que está a ser proposto. O aspeto do reef artificial que está a ser proposto. Foto: Divulgação sexta-feira, 15 setembro 2017 09:33

Recife artificial em equação para a orla carioca

 

Projeto visa reduzir o impacto das grandes ondulações na costa…

 

De acordo com O Globo, o Estado do Rio de Janeiro está a ponderar a instalação de reefs artificiais que, segundo especialistas, podem ajudar a minimizar o impacto das ondas na costa carioca.

 

 

Um projeto da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Rio (SEAERJ) sugere a colocação sacos de areia no fundo do mar, de forma a criar uma barreira capaz de amortecer ondulações XXL como, por exemplo, a de abril de 2016 que derrubou parte da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, e provocou duas mortes. 

 

A instalação de recifes artificiais para evitar estragos durante grandes ondulações já foi testada, com resultados positivos, em várias partes do Mundo. Além disso, referem os especialistas, as estruturas submersas ajudam a aumentar a diversidade de espécies no mar.

 

“Proteções com blocos de pedras, que têm impacto no meio ambiente e na paisagem, já não se usam. Isto não contando que, dependendo do tamanho da rocha, a força da água pode tirá-la do lugar”, explicou um dos responsáveis pelo projeto.

 

Para os surfistas, não há qualquer motivo de preocupação, pois, segundo o engenheiro civil Mario Sérgio Bandeira, autor do projeto, os reefs podem proporcionar uma permanência mais longa dos surfistas na água.

 

Na verdade, na costa carioca, já existe uma barreira natural que age de forma parecida com a dos recifes artificiais. É a Laje de São Luiz, que influencia nas ondas do Arpoador e impede que a Av. Vieira Souto, em Ipanema, seja invadida pelo mar, ao contrário do que acontece na Av. Delfim Moreira, no Leblon.

 

Com este sistema tenta-se que os sacos de areia depositados no fundo do mar atuem como rochas. Basicamente, eles consomem a energia da onda que assim não chega tão forte à praia. 

 

A serem aplicados, este recifes artificiais seriam feitos com sacos revestidos de geotexyl — resistente aos efeitos do sal do mar — e poliureia, revestimento que impede a degradação pelos raios ultravioleta. Um saco de 60 metros de comprimento por três metros de diâmetro suporta cerca de 800 toneladas de areia. 

 

Estima-se que a proteção da Praia do Leblon, incluindo o trecho da Ciclovia Tim Maia e o Jardim de Alah, custaria à volta de 1 milhão de Reais (cerca de 270 mil Euros).

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