SURFISTAS 'HIPSTERS' NA AUSTRÁLIA RECUSAM-SE A USAR LEASH News Corp Australia segunda-feira, 17 março 2014 11:06

SURFISTAS 'HIPSTERS' NA AUSTRÁLIA RECUSAM-SE A USAR LEASH

Situação está a levantar polémica na comunidade surfista


Nova moda entre alguns surfistas mete em causa a segurança de tantos outros. Gary Morgan, professor de surf em Byron Bay há mais de 20 anos, acredita que é apenas uma questão de tempo até acontecer um acidente grave. "Não há qualquer aspeto positivo nisto, é um pesadelo e um desastre prestes a acontecer", afirmou.


Byron Bay é um dos breaks mais concorridos, com locais, turistas e principiantes a lutar por uma onda. Pranchas soltas são um problema diário. "É uma cena totalmente 'hipster'. Os leashes têm de ser usados para segurança de todos", garantiu Morgan.


Um exemplo do perigo que esta prática pode representar é Pascal Dattler, um jovem surfista de 14 anos, que sofreu uma fratura craniana ao ser atingido por uma prancha à solta. "Isto acontece muitas vezes, a decisão deles pode magoar muita gente", afirmou Pascal. O pai, Thomas Dattler, tem tentado convencer surfistas a voltarem a usar leash. "Sempre que vejo um desses casos, questiono-o sempre 'Porque não usas?', e eles respondem que não precisam, porque nunca perdem a prancha. E eu digo-lhes o que aconteceu ao meu filho. Os longboarders fazem-no para parecer cool, mas não entendo, porque mais tarde ou mais cedo toda a gente perde a prancha", afirmou Dattler, também surfista.


No plano oposto, um surfista profissional, local de Byron, Duncan McNicol, defende o seu direito a andar com a prancha 'solta'. "O leash é uma cena parva, todas as pranchas foram inventadas sem leash, e nunca usei um na minha vida. É uma escolha pessoal, não precisas de usar se souberes surfar, vou lá para dentro e sei que não vou perder a prancha", disse McNicol. Já Bob McTavish, um respeitado surfista de há muito, discorda: "Eu uso o leash, porque foram inventados por um bom motivo, é senso comum. É pouco sensato estar num mar 'crowded' e não usar leash, é pouco justo para as pessoas comuns".



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