Membros da Ocean Rebellion nas manifestações em Glasgow Membros da Ocean Rebellion nas manifestações em Glasgow The Guardian/ Murdo MacLeod sexta-feira, 05 novembro 2021 15:56

Para salvar o planeta, há que salvar o oceano

Sexto dia do COP26 foi dedicado ao oceano.

Está a decorrer em Glasgow a cimeira COP26, onde se reúnem figuras políticas, especialistas, activistas e decisores públicos para discutir as contribuições dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. Hoje, que é o sexto dia do encontro, discute-se o oceano. O Ministro do Mar português marcou presença, bem como Tiago Pitta e Cunha, presidente da Fundação Oceano Azul, que afirma, lamentando, que a protecção do oceano continua em segundo plano.

Segundo o presidente da Fundação, os oceanos podem ter um papel fulcral no combate às alterações climáticas, “se não forem fragilizados”. Acrescentou que enquanto “a acção climática está de facto a tornar-se mais importante (…) a acção oceânica ainda não está em lado nenhum”.

“Falar em clima e não falar do oceano é impossível, porque o oceano é um dos principais factores nesta dinâmica toda das alterações climáticas”, disse. “É basicamente graças ao oceano que a humanidade não sofreu com as alterações climáticas porque ele absorve dióxido de carbono e 90% do aquecimento global.”

Pitta e Cunha defendeu ainda uma discussão internacional para tomar medidas como a protecção da biodiversidade, o fim da exploração de gás e petróleo ‘offshore’, o controlo das pescas e a prevenção da poluição marítima.

 

Greta Thunberg junta-se a manifestações em Glasgow

Jovens em Glasgow saíram à rua para se manifestarem e fazerem pressão aos líderes mundiais que neste momento marcam presença no COP26. Entre os manifestantes está a jovem activista Greta Thunberg, que argumentou no twitter que a COP26 “já não é uma conferência sobre o clima, é um festival de lavagem da imagem ‘verde’ para os países do Norte”.

Sébastien Duyck, um advogado da rede de organizações contra as alterações climáticas, acusou a cimeira de não ser inclusiva, e a Rede Internacional de Acção Climática afirmou que a maioria dos seus delegados foram impedidos de entrar na cimeira.

 

Membro do  Extinction Rebellion nas manifestações em Glasgow. foto: Murdo MacLeod / The Guardian

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