Jonh Jonh Florence Jonh Jonh Florence Matt Dunbar/WSL quinta-feira, 02 junho 2022 11:04

Menos atletas no Tour após o mid-season cut, etapas mais rápidas. Mas a lógica confirma-se?

Afinal quais são os benefícios do mid-season cut?

 

Um dos polos positivos do mid-season cut apontado por Renato Hickel em conversa com a SurfTotal foi o facto de ser possível reduzir a janela de evento e tirar o melhor partido do swell, mas G-Land trocou-lhes as voltas. De facto o swell que antecedeu o Quiksilver/Roxy Pro G-Land (a sexta etapa da temporada e primeira após o mid-season cut) e que restou para o dia inaugural, era ideal para que em 3 dias fosse terminada a prova, o desejo da WSL, mas os cálculos foram mal efetuados e só hoje, após 5 dias de evento, houve o retorno da ação.

A expectativa:

"Essa é uma das razões, entre muitas, do corte para podermos potencializar a utilização de um swell em formatos menores e é o que parece que vai acontecer aqui. Temos a chegada de um swell no primeiro dia da janela de abertura mas só a partir do meio dia, diz a previsão, e esse swell dura 3 a 4 dias que é o que a gente precisa para terminar o campeonato. Poderá terminar aí, a vontade é essa, porque o próximo swell só entra no último dia da janela, dia 6 de junho. Se a gente tivesse o formato antigo, certamente não iamos conseguir terminar o evento nesse swell, agora temos a chance de fazê-lo e é o que vamos tentar fazer", disse na véspera do campeonato o Diretor de Tour e Competição da World Surf League em declarações exclusivas à Surftotal 


A realidade:

O entretenimento para os atletas do Tour mantém-se de pé, enquanto surfam isolados e cercados pela selva de G-Land, desfrutam das ondas sem compromisso e fazem a festa, já que se multiplicam os dias de lay-day. Mas, para os espectadores que querem ver o espetáculo a acontecer a realidade é distinta e a ânsia aumenta face aos constantes anúncios de mais um dia off. Se por um lado a WSL tem a oportunidade de escolher o dia em que quer retomar a ação, por outro o público também fica impaciente.

 

Créditos de imagem: Ed Sloane/WSL

A reação do público face aos dias de espera:

“O curto período de janela parece resultar perfeitamente”, escreveu ironicamente um internauta numa publicação da WSL quando a organização comunicou há dias uma vez mais um dia off. Outro escreveu “A WSL vai perder o swell, muito triste mas expectável” e pode ainda ler-se o seguinte comentário: “Esta coisa de “on hold” [evento em espera] é muito mais frutrante, especialmente porque o vosso público de fãs sabe que o swell aconteceu antes e irá acontecer depois do período de espera”.

Outro dos motivos do mid-season cut, que levou a WSL a responder com um não redondo face à petição lançada pelos atletas do Tour para não levar o novo formato adiante, antes da machadada final, eram os contratos com os sponsors que perpectivaram poucos dias de ação mas com muito mais atração e visibilidade, posteriormente refletida em audiências, atendendo à lógica de se aproveitar as melhores condições.

Ainda assim, hoje houve ação nas água de G-Land, sem o swell esperado mas com surf de alto nível conduzido pelas mulheres e houve ainda espaço para uma Expression Session.

 

*Por Catarina Brazão

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