J-BAY AOS OLHOS DE SHAUN TOMSON

“Jeffreys é uma onda fácil de surfar, mas uma onda difícil de se surfar bem”.

“Jeffreys é uma onda fácil de surfar, mas uma onda difícil de se surfar bem”. É assim que Shaun Tomson classifica J-Bay. Considerado um dos melhores do seu tempo, numa altura em que os australianos dominavam o tour, foi o surfista sul-africano que quebrou a hegemonia, tornando-se o primeiro não-aussie a ganhar o título de campeão mundial. Foi o único durante 10 anos. Depois foi a vez de Tom Curren terminar com o feitiço.

Foi em 1968 que Shaun surfou Jeffreys pela primeira vez, tornando-se um frequentador assíduo. “Em 1975, quando tinha 19 anos, vim cá com o meu pai. Tinha trazido duas pranchas, uma 6’8 e uma 7’0 – as mesmas pranchas que usei no final dessa época, no Havai. Bem, estava a usar a 6’8 e pareceu-me ser a escolha certa. O Terry Fitzgerald também lá estava. Reparei que usava o que penso ser uma 7’7. Ao vê-lo, mudei de ideias e decidi levar a minha 7’0. Foi a melhor decisão. A prancha era perfeita”, recorda o surfista de 62 anos.

 

“J-Bay não é uma onda muito cilíndrica e é preciso manter a linha lá em cima […] uma prancha maior deu-me aquele momento dentro do tubo por isso, fiz a escolha mais acertada”, sublinhou.

Questionado sobre quem são os melhores surfistas de sempre que passaram por ali, o sul-africano sente-se angustiado, mas o primeiro nome que lhe vem à cabeça é o do conterrâneo Jonathan Paarman - nas palavras do jornalista Derek Hynd “um surfista incrível. Ele está para as ondas da Cidade do Cabo, como Barry Kanaiaupuni (Havai) está para Sunset Beach” Mas há mais. “O Terry, sem dúvida, o Occy (Mark Occhilupo), o Tom Curren, o Kelly, o Tom Carroll…O Joel também, adoro a forma como ele surfa Jeffreys”, acrescentou Tomson, lembrando ainda (quase se esquecia) Jordy Smith.

 

BS

 

  • Créditos fotos: Ellis

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