Há muito que o tubarão-cobra habita na Terra, mas raramente é visto pelo Homem. Há muito que o tubarão-cobra habita na Terra, mas raramente é visto pelo Homem. Foto: Awashima Marine Park/Getty Images quinta-feira, 16 novembro 2017 15:26

Conhece o tubarão pré-histórico apanhado ao largo da costa sul portuguesa

Animal é uma das espécies mais primitivas do planeta… 

 

Durante uma investida na costa sul portuguesa, há uns tempos atrás, uma equipa de cientistas apanhou um bizarro animal das profundezas do oceano: um tubarão-cobra (Chlamydoselachus anguineus). O animal, com cerca de metro e meio, foi apanhado no Algarve, já sem vida, e acabou por fazer manchetes um pouco por toda a parte. 

 

O tubarão-cobra pertence às espécies de tubarões mais primitivas do planeta. Ele possui uma garganta larga e uma cabeça arredondada como a dos lagartos, caraterísticas de um passado oceânico que raramente se veem hoje em dia. 

 

O quão "inalterada” a espécie se mantém tem vindo a ser tema de debate entre a comunidade científica internacional que afirma que este é um dos mais arcaicos animais da Terra. Na verdade, apenas dez fósseis destes animais foram registados no Mundo até ao momento, sendo que o mais velho remonta a 85 milhões de anos atrás - seguramente o antecessor do tubarão-cobra moderno. 

 

 

Contudo, o facto de se referir que este tubarão é um dos animais mais raros do planeta não está absolutamente correto. O tubarão-cobra já foi avistado em mais de vinte países, incluindo no espaço Árctico da Noruega, Nova Zelândia, Austrália, costas este e oeste dos Estados Unidos, Japão e Chile. 

 

Acontece com regularidade a espécie ser muitas vezes apanhada nas redes de pesca dos navios japoneses, por engano e acidentalmente, acabando depois por ser vendida nos mercados de peixe locais. 

 

O Dr. Dave Ebert, diretor do Pacific Shark Research Center, em março último sinalizou 28 destes animais numa ação de investigação ao largo da Baía de Tóquio, e, segundo o próprio, “os tubarões-cobra não são assim tão incomuns no Atlântico Norte Oriental”. 

 

Como não se sabe quantos animais desta espécie existem realmente, talvez por habitar a mais de 1500 metros da superfície, é muito importante que cada captura, seja ou não acidental, fique registada. Não se sabe se este animal foi foco de algum estudo, mas para já o que podemos adiantar é que o seu aspeto é ameaçador e nada convidativo. 

 

Fica atento da próxima vez que entrares na água! 

 

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