João Aranha à esquerda e João Guedes à direita João Aranha à esquerda e João Guedes à direita quinta-feira, 17 fevereiro 2022 19:04

Eleições pela Presidência da Federação Portuguesa de Surf acontecem a 05 de Março de 2022

João Aranha e João Guedes são as cabeças de cartaz de cada lista.

 

 

A cada 3 anos o assento da presidência na Federação Portuguesa de Surf (FPS) vai a votos. João Aranha, o presidente eleito e em vigor há 6 anos, nunca teve concorrência. Até agora. João Guedes alargou o leque de escolha: formou a oposição e candidata-se para o próximo triénio, entre 2022 a 2025.

As duas listas apresentaram cada uma um programa com aquilo a que se propõem fazer. Numa altura em que a modalidade está a atravessar uma fase de transformação, torna-se imperativo que os clubes federados na Federação Portuguesa de Surf exerçam o seu direito ao voto na Assembleia Geral, dia 5 de março de 2022, sábado.

 

Relação entre clubes e FPS

Nos últimos anos a direção de João Aranha tem sido acusada por alguns de distanciar-se dos clubes e das escolas de surf e de não lhes dar o apoio suficiente para a modalidade, pelo que não se sentem representados pela Federação Portuguesa de Surf. Vasco Ramalheira da Associação de Surf de Aveiro, disse em declarações à SurfTotal em maio de 2020, que a “FPS diminuiu a representação dos clubes nas Assembleias Gerais e nas decisões sobre a modalidade”. “As nossas ideias são esquecidas e postas de parte por outro tipo de prioridades e interesses.”, disse. “Na prática não recebemos qualquer tipo de apoio nem técnico nem financeiro por parte da FPS (…), pelo que temos constatado, os clubes vão sobrevivendo cada um por si”, acrescentou.

Quem também partilhou a mesma opinião foi Manuel Mestre, representante do Clube de Surf de Faro: “Está na hora de aparecer uma associação de clubes para defender aqueles que fundaram a Federação Portuguesa de Surf. Os clubes cada vez têm tido menos expressão e isso deve-se à falta de apoio da FPS.”, disse em entrevista à Surftotal em abril de 2020, pouco depois de Portugal ter fechado fronteira e forçado a permanecer em casa devido à pandemia causada pela Covid-19. “Entrada de verbas zero, colaboradores e treinadores tudo em casa e instalações fechadas.”.

João Aranha talvez em tom de colocar a "mão na consciência"  não deixou a questão acima de parte no seu programa: “É essencial que voltemos a recentrar energia nos clubes”, escreveu, enumerando algumas medidas que adotou estes últimos anos, tais como “incluir os clubes na organização dos eventos de QCN (Quadro Competitivo Nacional); contratar um novo elemento de staff para coordenar os Circuito Regionais e contribuir para os desafios técnicos que os clubes pudessem encontrar”, entre outras. O atual presidente impôs como uma nova medida em vista “implementar o Programa de Apoio aos Clubes (PAC)”

João Guedes e a sua lista prometem ter a solução. No programa eleitoral pode ler-se que um dos pilares estratégicos apresentados passam pela “promoção, elevação e financiamento dos Clubes”; ser “a voz dos clubes”; “aumento do número de praticantes federados, através do trabalho dos clubes a nível local”. 

 

Formação

João Aranha perspectiva “dar continuidade ao trabalho desenvolvido de programar e implementar todos os momentos de formação necessários à permanente evolução e atualização dos treinadores em Portugal”

Quanto à formação, João Guedes pretende “construir e lançar a formação dos Graus superiores de Treinadores, nomeadamente os Graus III e IV, não apenas de Surf, mas também das restantes modalidades” bem como “fomentar o desenvolvimento de uma nova geração de juízes e apostar na formação contínua dos juízes no ativo”.

 

 

Projeto Olímpico

As ideias de João Guedes assentam em “constituir uma equipa multidisciplinar para dar acompanhamento aos atletas de elite, que irão integrar o Programa Olímpico”; “promover estágios internacionais nos palcos que irão receber as competições ISA e dos Jogos Olímpicos” e “reforçar e apoiar o trabalho da seleção nacional de Surf Adaptado”.

Por sua vez, João Aranha tem em vista “dar continuidade ao programa de Alto Rendimento e ao Projeto Olímpico 2024” e “desenvolver trabalho de base de preparação, que possibilitará dar início ao projeto de Esperanças Olímpicas e Para-Surfing Olímpico assim que o Comité Olímpico estabelecer este programa”.

 

Comunicação e gestão interna

 

João Aranha, “pretende assegurar a contratação, por prova, de um video-maker responsável pela filmagem e produção de conteúdos Assegurando assim que qualquer deslocação das seleções FPS passe a ter ainda mais exposição mediática”.

João Guedes irá investir também a preocupação em “criar grupos de trabalho/departamentos, dentro da FPS, exclusivamente dedicados a cada uma das modalidades” bem como “angariar novos patrocinadores para as diversas áreas de atuação da FPS”.

 

 

Na comunicação feita pelo atual presidente da FPS, João Aranha, este apresentou várias medidas que pôs em prática durante os anos em que esteve à frente do cargo. Tais como o restabelecimento de uma nova relação com as organizações de surf nacional e mundial. Passou ainda pela modernização de alguns setores dentro da Federação em termos de imagem e comunicação, apresentou uma tabela com o aumento do número de altetas federados e entre os vários projetos, destacou-se também aquele que foi desenvolvido na sequência da Pandemia: “Fomos a única Federação em 2019 a concluir todos os escalões de competição de todos os desportos de Surfing. Sempre cumprindo as diretrizes da DGS”, salientou.

 

As ideias de ambos estão postas no papel embora careça de esclarecimento e detalhes sobre como é que irão prosseguir na prática.

 

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