João Silva tem 17 anos e é local da Praia de Carcavelos, representando o clube Aqua Carca. Já teve algumas experiências internacionais e conta com algumas participações em campeonatos. Este surfista contou-nos um bocadinho da sua história e do que o surf representa na sua vida. 

Surftotal: Quais as tuas expectativas após terminares a escola?

João Silva: Estou no 11º ano e após terminar a escola pretendo ir estudar para o estrangeiro.

Surftotal: Com que idade começaste a praticar Surf?

João Silva: Comecei a praticar surf com 13 anos, ou seja, há 4 anos.

Surftotal: Porque escolheste praticar Surf?

João Silva: Quando era mais novo os meus avós ofereceram-me uma prancha de surf de esferovite (que ainda hoje tenho) e, no verão de 2017, num dia completamente sem ondas eu e o meu pai decidimos levar a prancha para brincarmos: meu pai agarrava a prancha e eu tentava manter-me o máximo de tempo possível em cima da prancha.

"Apesar de não ter apanhado nenhuma onda,

fiquei logo com vontade de voltar a tentar

e, a partir daí, nunca mais parei!"

Surftotal: Fazes competição? Desde que idade? Em que campeonatos já competiste e quais as tuas melhores classificações?

João Silva: Ainda não entrei em muitas competições: a primeira foi em 2019, com 16 anos, o Rip Curl Grom Search, que não correu pelo melhor. Já competi na taça de Portugal e em alguns circuitos regionais, sendo que a minha melhor classificação foi um 7º lugar no circuito regional de São Pedro. Embora tenha sido um resultado não muito bom, tenho grandes expectativas para os próximos anos.  

Surftotal: Qual foi o teu melhor e o teu pior momento em competição?

João Silva: Um pior momento não me recordo, mas o melhor momento ao nível competitivo foi, sem dúvida alguma, o meu primeiro heat ganho.

Surftotal: Tens alguma superstição/tradição antes de competições?

João Silva: Não sou muito de superstições, limito-me a olhar para mar e ir lá para dentro divertir-me e também, como é obvio, gosto de ouvir aquela típica “musiquinha”.

Surftotal: Já surfaste em picos internacionais? Como foi a experiência?

João Silva: Já surfei em alguns picos internacionais, mas a experiência mais gratificante foi numa piscina de ondas em Bristol, algo estranho, mas muito divertido, porque as ondas são sempre praticamente as mesmas (pode soar algo monocórdico), mas muito bom para treinar.

Surftotal: Que picos ainda não surfaste e adoravas surfar?

João Silva: Keramas, em Bali e Pipeline, no Hawai. 

Surftotal: Como é o teu dia a dia?

João Silva: Normalmente, nos dias de semana, acordo cedo e, devido à pandemia tenho aulas via zoom até às 16horas. Depois, vou surfar até ficar de noite e, aos fins-de-semana costumo ir surfar logo de manhazinha, acabando o dia normalmente na praia.  

Surftotal: Como fizeste pra manter o ritmo de Surf durante as alturas em que não se podia surfar?

João Silva: Durante a quarentena tentei acordar mais cedo, fazer bastante exercício físico e ver muitos filmes/vídeos de surf.

Surftotal: Quais os teus objetivos para os próximos tempos?

João Silva: Nos próximos tempos pretendo participar no maior número de campeonatos e fazer mais viagens, tanto internacionais como nacionais.

Surftotal: Qual foi a tua última surfada memorável?

João Silva: Já tive várias, mas, provavelmente, a mais memorável foi numa manhã em Carcavelos, estavam altos tubos e, por incrível que pareça, estava pouco crowd.

Surftotal: Há algum atleta que seja uma inspiração para ti?

João Silva: Tenho algumas boas inspirações a nível nacional como Frederico Morais, e a nível internacional,  Felipe Toledo e Kanoa Igarashi.

Surftotal: Quais as ondas que mais gostas de surfar em Portugal?

João Silva: Em Portugal adoro surfar em Carcavelos e em Ribeira d’Ilhas.

Surftotal: Quem é um grande apoio para ti?

João Silva: Sem duvida alguma que são a minha família e os meus dois treinadores, Felipe Sousa (Soul Surf) e o Wellington Gringo (WMsurfacademy).

Surftotal: Freesurf ou competição?

João Silva: Competição, embora não tenha entrado em muitas competições, considero-me extremamente competitivo.

“Talvez um dia, consiga dançar em cima de uma prancha, mas...”