Surfista de Peniche e com apenas 14 anos, Matias Canhoto é um dos nomes da nova geração que é visto como uma das Esperanças do surf português. No ano passado competiu no Rip Curl Pro Anglet, uma etapa do QS que acabou por ser cancelada por falta de ondas, mas não sem antes dar espaço a Matias de mostrar o seu surf promissor. Nessa altura, contou à Surftotal que bons resultados no Pro Junior e a realização de algumas etapas do QS estavam nos seus planos.

Passou algum tempo desde então, e pelo menos o foco no Pro Junior parece estar igual - o surfista, aliás, é um dos atletas pré-seleccionados para os estágios da FPS, de onde sairão os atletas que vão representar Portugal no Mundial ISA de Juniores em El Salvador. De resto, quisemos saber como se actualizaram, mantiveram ou renovaram os sonhos e objectivos de Matias nesta fase da sua vida. O jovem atleta falou um pouco sobre como estão a correr os estágios e o que pretende fazer se for seleccionado. Falou também dos desafios de conciliar a escola com a carreira competitiva, mas deixou claro que está disposto a abdicar de tudo e não tira os olhos do pódio. 

@caparicawaves

Como têm corrido os estágios para o Mundial de Júniores?

tem corrido muito bem apesar de ter estado doente durante um estágio o resto correu me muito bem-

"O objectivo principal é ganhar."

Se fores selecionado e puderes representar a Seleção Nacional o que é que isso representa para ti e para o teu percurso?

É um grande orgulho representar o meu país e é um campeonato muito importante na minha carreira de surf.

Qual é o teu objetivo primordial e quais são os passos que acreditas que são necessários para chegar lá?

O objetivo principal é ganhar e os passos é estar e continuar focado com a minha team.

Estás numa fase adolescente. Do que é que se abdica para se seguir uma carreira no surf?

Praticamente tudo.

Arquivo pessoal

"Os meus pais apoiam-me a 100%."

Quais sentes que são os principais desafios para se conseguir fazer do surf profissão?

Ser apoiado financeiramente.

Por esta altura, o foco maioritário de um adolescente é a escola. Como é a tua relação com a vida académica, sendo que tens várias ocupações com o surf? Os professores são compreensivos? Os teus pais apoiam as tuas ambições de chegares ao Tour, como disseste que ambicionavas numa entrevista?

A nossa escola não está adaptada para apoiar e suportar atletas de alta competição na modalidade de surf. 20% dos professores apoiam, e os meu pais apoiam-me a 100%.

Tiveste uma estreia muito positiva no Rip Curl Pro Anglet, a prova inaugural da temporada 2021/22 do QS europeu, mas acabaste por só te inscrever neste. Porquê? Há outros planos em primeiro lugar? Estás focado em fazer QS regularmente?

Fez parte de um estágio de formação da Rip Curl. Obrigado pelo reconhecimento, mas os QS são maioritariamente para adultos e eu na altura tinha 13 anos, mas agora sempre que possível vou entrar.

Depois de competires no Rip Curl Pro Anglet, disseste em entrevista à SurfTotal que competir lá fora dava-te uma noção do teu nível, com que noção é que ficaste?

Fiquei com uma boa noção e aquilo que andei a fazer resultou.

"[No Havai] aprendi muito e percebi o que temos de trabalhar para chegar lá."

O que gostarias de evoluir no teu surf?

Tudo.

Já viajaste imenso, tanto para vários picos internacionais como chegaste a surfar na piscina do Waco. Qual a viagem mais marcante e porquê?

A minha viagem mais marcante foi Hawaii agora recentemente porque aprendi muito e percebi o que temos de trabalhar pra chegar lá.

Se não fosses surfista, quais seriam as tuas aspirações?

Futebol.