Maria Salgado no Estrella Galicia Caparica Surf Fest 2022 Maria Salgado no Estrella Galicia Caparica Surf Fest 2022 Pedro Mestre/WSL terça-feira, 10 maio 2022 14:17

Maria Salgado: "É possível a entrada no Tour"

Jovem de 15 anos fortalece as perspectivas elevadas sobre o surf feminino português

 

Maria Salgado é um nome que já soa familiar no panorama do surf português e pretende fazê-lo escalar a outros patamares. No passado ano de 2021 sagrou-se campeã nacional sub-16 e este ano novo trouxe-lhe desafios novos: estreou-se nos campeonatos mundiais da WSL, tendo competido no Qualifying Series (no Estrella Galicia Caparica Surf Fest 2022) e no Pro Junior (no Junior Pro Marrocos Mall), onde terminou ambos na 17º posição. Além disso, classificou-se para representar pela primeira vez a Seleção Nacional de surf no Mundial de Juniores de El Salvador.

Se lhe perguntarem como é que prevê o futuro do surf feminino nacional responde com a positividade na ponta da língua. Contou-nos que o amor pela competição foi transmitido de geração em geração e que a paixão que sente pelo surf não deixa a pressão competitiva vencer. Acredita que vai entrar no Tour e não está sozinha nessa crença que é reforçada pela família.

 

Maria Salgado na 2º etapa da Liga Meo Joaquim Chaves Saúde Porto Pro

 

P: Como correu o estágio para o Mundial de Júniores?

R: Foi brutal toda a relação com todos os atletas e equipa técnica.

 

P: Foste selecionada para representar a Seleção Nacional o que é que isso representa para ti e para o teu percurso?

R: Uma alegria enorme!! Tentar colocar o meu país no topo do mundo é uma oportunidade incrível e onde vou dar o meu melhor!!!

 

P: És tida como uma esperança do surf nacional feminino, isso causa-te algum tipo de pressão? Se sim, há um lado positivo e um lado negativo? Como lidas com ela?

R: Não causa qualquer pressão. Adoro surfar e dou sempre o meu melhor!

 

Maria Salgado no Rip Curl Grom Search 2022 onde foi vencedora da categoria sub-16 feminina

 

P: Pertences a uma geração mais nova que usufrui de algumas conquistas passadas sobretudo em relação ao avanço do surf feminino. Ainda assim, sentes que há igualdade de géneros quer em oportunidades, quer em reconhecimento?

R: Ainda não senti nenhuma diferença, mas sei que há. Mas também tenho a certeza que é uma situação que vai deixar de existir.

 

P: Como é a tua relação com patrocinios e a indústria do surf?

R: Boa! Tenho tido alguns apoios que acreditam no meu surf e apostam em mim.

 

"Foi um máximo competir ao lado das feras"

 

P: Disseste uma vez em entrevista ao perfil da semana da SurfTotal que entre competição e freesurf, preferias o lado competitivo, porquê? O que é que a competição dá que o freesurf não oferece?

R: Uma adrenalina incrível. Adoro competir acho que é de família!!!

 

P: Como lidas com a derrota? Consideras que tens mau-perder?

R: Tenho mau perder [risos]. Tento tirar o melhor da derrota aprender e fazer reset.

 

P: Este ano estreaste-te nos QS na Costa da Caparica, como encaraste a transição de provas nacionais para provas internacionais? Que diferenças apontas?

R: Adorei! Foi um máximo competir ao lado das feras. Não senti muitas diferenças uma vez que o surf nacional está fortíssimo.

 

 

"Em El-Salvador quero ajudar a equipa a obter o melhor resultado de sempre"

 

P: No ano passado venceste pelo 3º ano consecutivo o título regional do Circuito de Surf do Centro em sub-16 feminino e pela primeira vez em sub-18. Consagraste-te ainda campeã nacional sub-16. Quais são as metas a curto, médio e longo-prazo?

R: O ano passado fui campeã nacional sub16 e este ano quero voltar a ser. Quero melhorar o meu ranking na Liga Meo e fazer todas as etapas do Projunior Europeu. Em El-Salvador quero ajudar a equipa a obter o melhor resultado de sempre.

 

Maria Salgado no Estrella Galicia Caparica Surf Fest 2022 | Créditos de imagem: Pedro Mestre/WSL

 

P: Tens 15 anos e, por esta altura, o foco maioritário de um adolescente é a escola. Como é a tua relação com a vida académica sendo que tens várias ocupações com o surf? Os professores são compreensivos? Os teus pais apoiam as tuas ambições de chegares ao Tour, como disseste que perspectivavas numa entrevista?

R: Sim a escola tem sido espetacular a todos os níveis. Apoiam me imenso! Quanto à família sem ela nada disto seria possível, tanto os meus irmãos como os meus pais acreditam, assim como eu, que é possível a entrada no Tour.

 

P: Há 3 atletas portuguesas que lideram o ranking nos Qualifying Series e competem nos Challenger Series, como é que isso te faz sentir?

R: Orgulhosa. Tanto a Teresa, Kika e a Mafalda são atletas incríveis com um surf fora de série. Destruam na Austrália meninas.

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