Sebastian Steudtner no Surfer Wall, no Forte São Miguel Arcanjo (Nazaré) Sebastian Steudtner no Surfer Wall, no Forte São Miguel Arcanjo (Nazaré) Surftotal / Pedro Motas segunda-feira, 06 dezembro 2021 19:16

"a onda de 30 metros !!…antes que isso se torne verdadeiramente num tema, temos que falar sobre como as medimos..." - Sebastian Steudtner

Big Rider alemão é um dos convidados para o Nazare Tow Surfing Challenge.

 

 

A temporada de ondas grandes 2021/22 na Nazaré já começou, e com ela chegam alguns icónicos big riders para domar este gigante português. A semana que agora se inicia será uma semana de grandes ondulações na Nazaré, embora com vento considerável. A previsão é que esse vento abrande no fim de semana, tornando as condições favoráveis para o potencial início do Nazare Tow Surfing Challenge. Com essa possibilidade em mente, a Surftotal conversou com o big rider alemão Sebastian Steudtner, um dos convidados do evento e um dos candidatos a quebrar o recorde mundial da maior onda de sempre, recorde esse cujo actual detentor é  Rodrigo Koxa. 

 

Como tem sido a temporada de ondas grandes de 2021/22 em Portugal e na Nazaré?

Tem havido vários dias médios e pequenos, sem dias especialmente grandes. Houve um dia maior no início de Novembro, mas nada de muito grande.

 

 

 

"Temos que falar sobre como medimos as ondas."

 

 

 

A temporada acabou de começar, mas quem tem uma conexão com a natureza às vezes tem certos pressentimentos. Sentes que vai ser uma boa temporada? Acreditas que a lendária onda de 30 metros será surfada esta temporada?

Ninguém pode prever a temporada. Pode estar flat até Fevereiro e depois chegar a maior ondulação do século. Nem eu nem ninguém ligado ao surf podemos prever isso. A natureza faz o que quer, independentemente dos nossos pressentimentos. Qualquer coisa pode acontecer. Quanto à onda de 30 metros… Acho que antes que isso se torne verdadeiramente num tema, temos que falar sobre como medimos as ondas, o que estamos a fazer neste momento. Para já tudo é especulação. Não está necessariamente no meu radar, se alguém surfar uma onda de 30 metros, que assim seja.

 

Sobre o equipamento, novas pranchas, motas de água, equipa que tenhas trazido este ano para a Nazaré, o que tens a dizer?

Estou lesionado no momento, por isso não trouxe nada para a Nazaré por enquanto. Mas tenho sempre novos conjuntos de pranchas, nos últimos sete anos, antes de cada temporada fazemos pranchas novas, mais ou menos vinte modelos diferentes para testar. Tenho essas pranchas, que ainda não testei. O equipamento é sempre renovado, mas a equipa é a mesma. A Maya Gabeira e eu, e a equipa de segurança e todo o resto.

 

E como te sentes em relação a teres o teu nome no Surfer Wall, o espaço museológico dentro do Forte de S. Miguel Arcanjo?

Acho que este é um lugar ótimo para turistas e espectadores conhecerem os surfistas que surfaram estas ondas. Também está aqui o Pedro Scooby, foi o primeiro a ter a prancha aqui. Estamos aqui muitos de nós desde o início, e é muito bom.

 

 

 

 

"O surf à remada tem evoluído muito nos últimos dez anos."

 

 

 

 

O Tow In tem vindo a ganhar cada vez mais importância ao longo dos anos, o que pensas disso? Será de o auge do surf de alguma forma, ou o surf de ondas grandes à remada vai continuar no topo?

Temos que olhar para isso de duas perspectivas diferentes. Se pensarmos na atenção dos media, acho que já é o auge, tem muito mais atenção da comunicação de massas, tem sido muito mais popular nos media mainstream do que o surf à remada. Em termos técnicos, o surf à remada tem evoluído muito nos últimos dez anos, e o tow in estagnou um pouco e vai voltar a evoluir agora. Acho que o desporto de um modo geral evoluiu e tornou-se mais popular e mais técnico.

 

 

 

 

 

Sobre o Nazare Tow Surfing Challenge, como te sentiste quando recebeste o convite para competir? Já contavas com isso? Sabes quais são os critérios da WSL?

É uma boa pergunta. Não sei quais são os critérios. Diria que são os atletas mais consistentes e com maiores feitos. Sabe bem fazer parte do evento, claro. É o único campeonato que nós temos, em que nos podemos desafiar junto dos outros atletas. É muito bom.

 

O que o surf significa para ti?

O surf é a minha vida, é a minha profissão, é o que amo fazer e o que tenho feito durante décadas e com sorte continuarei a fazer durante muitas mais.

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