Dylan Longbottom é considerado um dos melhores shapers do mundo, tanto pelas suas shortboards como pelas suas pranchas de tow-in. Natural da Austrália, é um surfista carismático cuja técnica dentro de água dá uma sensibilidade extra no momento de pensar e fazer as pranchas. Passa boa parte do seu tempo ou na Austrália ou na Indonésia, mas nos últimos anos escolheu Portugal como um novo destino para a sua lista, e tem visitado regularmente para surfar e trabalhar com a ORG Surfboards. Dylan está agora de volta a Portugal durante duas semanas, e a Surftotal conversou com ele sobre o trabalho que desenvolve com a ORG Surfboards e sobre a sua experiência a trabalhar e a surfar em Portugal.

Dylan, obrigada por estares aqui! Como tem sido a tua experiência como shaper nos últimos anos em Portugal?

Tem sido incrível fazer pranchas com a equipa criativa da ORG Surfboards e trocar ideias com o Rabbit [shaper da ORG Surfboards], além de poder surfar na Nazaré e em todos os slabs e beachbreaks, a tentar descobrir quais são as pranchas que são melhores para cada onda.

"Tudo gira à volta da progressão e da perfomance." 

 Tens observado mudanças no mercado das pranchas em Portugal?

Observando o surf e a evolução do meu equipamento, mais do que o mercado propriamente dito, vejo que tudo gira à volta da progressão e da performance, e vejo o que a equipa está a fazer na Nazaré, e quero estar lá com eles com tudo o que eles precisam.

"Sou um nómada que adora viajar."

 De onde vens e onde tens trabalhado ultimamente?

Nos últimos cinco ou seis anos tenho vindo a Portugal duas vezes por ano para trabalhar como shaper. Sou da Austrália e tenho trabalhado lá desde o início da pandemia, mas também trabalho muito tempo por ano em Bali. Basicamente sou um shaper australiano, mas sou um nómada que adora viajar para trabalhar e surfar no mundo todo.

Quais são as maiores diferenças entre Portugal e os outros lugares onde trabalhas?

A água fria implica fatos grossos, o que significa que precisas de mais volume do que quando estás a surfar nos trópicos. Além disso tens a Nazaré, o que significa que fazemos pranchas para as maiores ondas do mundo.

"Trabalhar com o Lucas Chumbo e a Justine Dupont ajudou-nos a chegar onde estamos."

Agora sobre a ORG Surfboards, temos notado um crescimento incrível na marca. Além da qualidade das pranchas e dos shapers, a que atribuis este crescimento?

Desde que recebi o convite que tem sido maravilhoso, e eles já tinham shapers incríveis. O Rabbit é um dos melhores shapers, cheio de conhecimento, e nós temos uma conexão incrível. Além disso, todo o nosso staff tem uma paixão e ética de trabalho muito boas. Acho que isso, mais o facto de estarmos a trabalhar com o Lucas Chumbo e a Justine Dupont, ajudou-nos a chegar onde estamos.

Sabemos que estão a desenvolver modelos  novos. Podes dizer alguma coisa sobre isso?

Estamos sempre a pensar em melhorar os nossos designs e tecnologia, tanto para as nossas pranchas de ondas grandes como para as pranchas de ondas pequenas, a pensar na melhor qualidade e performance. Temos explorado o carbono Kevlar e outros materiais ultimamente.

"Portugal é um dos meus lugares preferidos no mundo."

Até quando vais estar em Portugal? E qual é a melhor forma de entrar em contacto contigo e encomendar um dos teus modelos?

Chego a Portugal no início da próxima semana, e a melhor forma de me contactar é directamente através da ORG surfboards, pelo website ou por telemóvel, ou pelo meu website. Estarei em Portugal durante duas semanas, a trabalhar, a surfar e a conhecer novos clientes. Mal posso esperar!

Há mais alguma coisa que queiras acrescentar?

Apenas que Portugal é um dos meus lugares preferidos no mundo. Adoro as pessoas e o seu estilo de vida, além da sua comida, vinho e cerveja (risos).