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Estudo revela que sal contém microplásticos
Quantidades detectadas ainda não têm efeitos na saúde, referem os responsáveis.
Estudo analisou 17 marcas vendidas em oito países, incluindo Portugal, cuja amostra apresentava o maior índice de partículas poluentes. Quantidades ainda não têm efeitos na saúde, referem os responsáveis.
Estamos a consumir microplásticos através do sal que usamos na comida. A conclusão resulta de um estudo internacional a 17 marcas de sal vendidas em oito países, incluindo Portugal, e que foi esta sexta-feira divulgado pelo jornal Público.
A investigação - originalmente publicada no site Scientific Reports, do grupo da revista Nature, a 6 de abril - mostra, no entanto, que as quantidades de microplásticos consumidas dificilmente têm impacto na saúde imediata. É que no máximo, cada pessoa consumirá 37 partículas de microplásticos por ano, através do sal.
A longo prazo, porém, os efeitos na saúde podem ser maiores, uma vez que o consumo destes microplásticos não se faz apenas através do sal, mas também de peixe, marisco. E até no mel e cerveja já foram detetadas estas partículas com menos de cinco milímetros, sublinham os investigadores.
Entre as amostras analisadas destaca-se o facto de a portuguesa ser a que tinha o maior número de partículas antropogénicas (microplásticos e pigmentos): 10 microplásticos por quilo. Além da amostra portuguesa foram analisadas amostras da Austrália, França, Irão, Japão, Malásia, Nova Zelândia e África do Sul.
Os investigadores aconselham a que se mantenha uma quantificação regular e caracterização dos microplásticos presentes nos diferentes produtos marinhos, para se perceber o impacto na saúde humana. Todos os anos, são depositados nos mares entre cinco e 13 milhões de toneladas de plásticos.
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Fonte: DN