A bela costa sul em causa. A bela costa sul em causa. Foto: Jorge Santos domingo, 06 março 2016 11:53

ONG'S INTERNACIONAIS PREOCUPADAS COM A BIODIVERSIDADE DO ALGARVE

Organizações referem que a prospecção e exploração de petróleo e gás natural poderá ter consequências severas na pesca e no turismo...

 

No seguimento do que há tempos publicámos na Surftotal, disponível aqui, eis mais alguns desenvolvimentos sobre este assunto.

 

Catorze associações e ONG internacionais, entre as quais a norte-americana NRDC, a suíça Oceancare ou a espanhola Alianza Mar Blava, uniram-se à Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) na crítica à pesquisa e prospecção de petróleo e gás natural no Algarve, alertando o Governo português para os “tremendos impactos negativos das pesquisas sísmicas nos ecossistemas marinhos”.

 

Segundo a própria PALP, várias instituições estrangeiras de renome “estão muito preocupadas com a prospecção de hidrocarbonetos no Algarve”. Assim, para além da troca de informações cruciais para a progressão desta campanha por um Algarve sustentável, estas associações enviaram uma declaração para o governo português em que frisam a elevada biodiversidade marinha que ocorre no Algarve, incluindo várias espécies de golfinhos, orcas, baleias-anãs, tartarugas-marinhas, aves marinhas e ainda vários peixes como o tubarão-azul.

 

Reconhecem ainda o Algarve como uma zona paradisíaca, com praias de areias macias e douradas, consideradas gemas à espera de serem descobertas. A pesca e a produção de marisco não ficam de fora das suas preocupações, relembrando que o Algarve é uma das regiões portuguesas onde a pesca possui um impacto social bastante significativo, possuindo várias comunidades com tradições muito enraizadas e uma dependência económica nas pescas ou em actividades associadas à pesca ou ao marisco.

 

“Nesta declaração as organizações internacionais que a subscrevem estão em consonância com a PALP – a prospecção e exploração de petróleo e gás natural poderá ter consequências severas na pesca e no turismo, podendo mesmo, futuramente, vir a afectar a segurança alimentar dos algarvios”, avança a Plataforma Algarve Livre de Petróleo.

 

O documento realça o impacto da pesquisa sísmica que já ocorreu e continua a ocorrer algo longo de todo o país, a falta de uma consulta publica e de uma avaliação de impacto ambiental apropriada e o impacto da prospecção nas populações de peixes e na pesca.

 

As 14 ONG internacionais preocupadas com a biodiversidade do Algarve: Alianza Mar Blava (Espanha), Animal Welfare Institute (EUA), MEER e.V. (Alemanha), Morigenos – Slovenian Marine Mammal Society (Eslováquia), NRDC (EUA), OceanCare (Suíça), Ocean Conservation Research (EUA), Ocean Mammal Institute (EUA), Oceanomare Delphis Onlus (Itália), Pro Wildlife e.V. (Alemanha), Salvia Team (Espanha), Vivamar Society for the Sustainable Development for the SeaWild Migration (Eslovénia), Whale and Dolphin Conservation (EUA) e Wildmigration Network (Austrália). 

 

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Fonte: Green Savers

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