O rookie Ryan Callinan deu uma boa réplica em Snappers. O rookie Ryan Callinan deu uma boa réplica em Snappers. Foto: WSL segunda-feira, 14 março 2016 17:53

ESTE TOUR NÃO É PARA VELHOS

O Quiksilver Pro Gold Coast ainda não terminou, mas a nova geração já mostrou o que vale…

 

Já se esperava um ataque avassalador da nova geração do surf no início de mais uma temporada da World Surf League. Mas de forma tão evidente e surpreendente talvez não fosse bem o caso. A prova ainda não terminou, mas o alarme já soou em alto e bom som como que a tentar despertar as "raposas velhas" do World Tour.

 

Por terminar neste Quiksilver Pro Gold Coast restam ainda muitas baterias. A saber: dois heats da ronda 4, a ronda 5, os quartos de finais, meias e a final. No entanto, no que toca à presença de veteranos do tour, praticamente já só encontramos em prova o australiano Joel Parkinson e o brasileiro Adriano de Souza, o atual campeão mundial, que voltou a encontrar o ritmo após um início de prova menos positivo. Voltamos a frisar: isto ainda não acabou, mas o alarme já soou em alto e bom som.

 

- O brasileiro Caio Ibelli a dar uma aula de como destruir em Snapper Rocks. Foto: WSL

 

O rookie Ryan Callinan afastou Jordy Smith. Conner Coffin fez as malas a Kai Otton e Italo Ferreira. Caio Ibelli despachou Josh Kerr sem dó nem piedade. Kanoa Igarashi sacudiu Jeremy Flores para um canto. Stu Kennedy, por sua vez, eliminou Kelly Slater e Gabriel Medina, dois dos grandes que tinham um lugar quase cativo nas fases finais.

 

Aliás, o heat com o 11x campeão mundial, na ronda 2, foi dos mais estranhos e bizarros a que já assistimos nos últimos tempos. Que passou pela cabeça de Kelly Slater para surfar - em pleno heat dum CT em Snapper Rocks - com uma prancha de linhas clássicas e sem grande poder de projeção? Em bom português para que se entenda, o norte-americano pareceu nada mais nada menos do que um surfista inexperiente a surfar com uma single fin (embora fosse na verdade uma quad da linha Slater Designs). Obviamente, o jovem australiano fez o que lhe competia e, sem se esforçar muito, não só conseguiu a qualificação como ainda recebeu de bónus uma nota de 9.50 pontos. Não havia necessidade Slater.

 

Mesmo assim, conhecendo a capacidade enorme de adaptação do multicampeão mundial, Slater não será um dos casos mais graves do tour no que diz respeito a uma reação nos próximos desafios. No entanto, tendo em conta que mais de metade do circuito tem lugar em beach breaks, locais altamente propícios para todas as diabruras aéreas (e não só!) com que esta nova armada do surf vem preparada, permitam-nos que coloquemos a seguinte questão: Afinal de contas, qual o papel dos veteranos nesta nova realidade do tour?

 

- O norte-americano Kanoa Igarashi é um dos rookies que ainda se encontra em prova. Foto: WSL

 

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