Carissa Moore, uma das surfistas de maior mediatismo Carissa Moore, uma das surfistas de maior mediatismo Red Bull sexta-feira, 26 dezembro 2014 12:33

AS MULHERES QUE MAIS FATURARAM NO SURF EM 2014

Numa época em que os resultados desportivos são ‘apenas’ a ponta do icebergue...

 

 

O surf no feminino deu este ano um salto qualitativo e competitivo, disso não sobram grandes dúvidas. As mulheres são cada vez mais alvos apetecíveis para as marcas e embora as vitórias sejam um fator de relevo para os lucros das atletas, continua a ser a imagem mediática e interação com os fãs a representar a maior fatia do bolo. Estas são as oito surfistas mais bem pagas do mundo, de acordo com um estudo da Stab. Os números não incluem prémios monetários resultantes da competição.

 

No número 8, temos a australiana de 20 anos, Tyler Wright. Aos 16 anos assinou um contrato de 5 anos com a Rip Curl, e agora, que se tornou uma das melhores do mundo, o próximo contrato vai certamente colocá-la no top 5 do próximo ano. Tyler dá o toque feminino a uma família de sucesso no surf (é irmã de Owen Wright, por exemplo). É famosa por não ter ‘papas na língua’ e muito ativa nas redes sociais. Outros patrocínios são a Monster Energy Drinks, Oakley, Boost Mobile, Jason Jameson Designs, Ocean and Earth. Arrecadou cerca de 300 mil dólares, sem contar com competições e bónus.

 

Em 7º surge outra australiana, Laura Enever, de 23 anos. Também uma das mais populares surfistas, trabalha no duro e sabe gerir com mestria a sua imagem. Exemplo disso é a sua conta do Instagram, sempre muito ativa. Laura é também um exemplo no que toca a causas nobres, e empresta a sua imagem a várias obras de caridade. No que toca ao vil metal, acumulou 420 mil dólares, com a maior fatia a vir do ‘main sponsor’ a Billabong (300 mil dólares). Outros patrocinadores incluem a Toyota, a Rockstar e a Subway.

 

A 6ª classificada é Maya Gabeira, com 27 anos. A brasileira das ondas grandes tornou-se mundialmente conhecida depois do quase trágico acidente na Nazaré, onde acabou salva pelo compatriota Carlos Burle. Bonita e sorridente, já pousou nua para a ESPN há uns anos, e venceu o prémio ESPY, para Melhor Atleta Feminina em Desportos de Ação. Amealhou em 2014 cerca de 450 mil dólares, com os patrocínios da Red Bull, Renault, Nextel e Vigor.

 

Bethany Hamilton, 24 anos, surge na 5ª posição. A havaiana já foi convidada para programas mediáticos à escala mundial como os talk shows de Ellen Degeneres ou Oprah Winfrey. A sua história de sobrevivência e superação depois de ser vítima de um ataque de tubarão, que a deixou sem um braço, é reconhecida em todo o mundo. É a única surfista que já teve um filme feito sobre a sua história e participou em vários programas de TV como o Biggest Loser ou o Today Show. Apesar do incidente, Bethany é uma surfista de elevado nível e ainda recentemente esteve em Pipeline para o evento especial feminino a carregar em ondas de consequência. Neste momento, no horizonte, está um novo documentário com a surfista que se chamará ‘Bethany Surfs Like a Girl’, cujo nome brinca com a vulgar expressão “ela surfa tão bem como um homem”, em que Hamilton pretende afirmar-se como apenas uma mulher que ‘ripa’. Embora receba boas quantias da indústria do surf, é como figura inspiradora que mais fatura. Este ano totalizou cerca de 600 mil dólares.

 

Em 4º, Sally Fitzgiboons,  australiana de 24 anos. Competidora de topo, e adepta fervorosa de um estilo de vida saudável (nunca tocou em álcool, por exemplo), lançou este ano um livro, ‘Viver Como Sally’, e ainda recebeu um cheque de 125 mil dólares para aparecer num anúncio do KFC, o que muitos consideraram contraditório com o que defende. No Tour, Sally abstém-se de participar nas after parties das provas e mantém-se fiel a um regime de treino exemplar. Este ano ultrapassou a fasquia do milhão de dólares (1,1), com 500 mil dólares a virem da Roxy. A Garnier, Land Rover e a Samsung (é a única surfista embaixadora da marca), são alguns dos nomes que contribuem para estes valores.

 

A havaiana Carissa Moore é a 3ª, aos 22 anos. No caso de Carissa, a performance desportiva é muito importante. É isso que o seu ‘main sponsor’ - que domina o nose das suas pranchas -, a Red Bull quer: resultados e performance. Se vencer um título mundial, Carissa receberá apenas da Red Bull, cerca de um milhão de dólares, o que não foi o caso este ano. De qualquer forma, Carissa recebe cerca de 500 mil dólares da marca de bebidas energéticas e mais 500 mil da Hurley. Se juntarmos a isto 250 mil da Target, temos 1,250 milhões de dólares este ano, em patrocínios.

 

A seis vezes campeã do mundo, Stephanie Gilmore, surge na segunda posição. Mas, e reforçamos, estes valores não contabilizam os prémios e bónus resultantes da competição, pelo que o seu recente título mundial a colocará seguramente na primeira posição. Steph tem aquela imagem consistente e firme às suas convicções. Imune às novas modas dos bikinis reduzidos e imagens sexy no Instagram, mantém-se fiel ao seu estilo mais divertido e casual. Mas depois de ser campeã do mundo seis vezes, para quê mudar? A sua imagem vitoriosa continua a fazer os patrocinadores abrirem generosamente as suas bolsas. Só da Roxy, Steph recebe um valor anual que ronda o milhão de dólares. A Weet-Bix e a Nixon pagam-lhe cerca de 250 mil cada, e a Toyota 100 mil, mais três carros. Steph termina o ano com cerca de 1,7 milhões.

 

Em primeiro lugar surge a inevitável Alana Blanchard, havaiana de 24 anos. O exemplo acabado que não é preciso vencer assim tanto para encher os bolsos. Alana acaba o ano fora do WCT feminino, com performances sofríveis em competição. Mas fora de água, ganha como ninguém. Depois de vencer o Surfer Poll Awards na categoria de surfista mais popular em 2013, Alana rapidamente percebeu que não sendo a melhor surfista do mundo, tinha um mercado por explorar. A surfista ‘domina’ as redes sociais e acumula patrocínios de marcas tão diversas como a Spy, GoPro, Modom, Rockstar, Reef, Proactiv, Sony, T-Mobile e da Rip Curl, que desembolsa cerca de 800 mil dólares para Alana, mais os royalties dos seus biquinis. A sua ausência no Tour o próximo ano significa uma perda mediática para a WSL, para ela é pouco provável que os valores desçam muito…

 

Fotos: D.R.

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