Logicamente, o tira-teimas será no Corona Bali Pro, a quinta etapa do Championship Tour da WSL que se realiza em Bali (Indonésia) de 27 de maio a 9 de junho. No entanto, numa entrevista à Surfline, Betet Merta, um dos conhecidos surfistas da região, fez alguns comentários que deixaram a comunidade algo meio que apreensiva. 

Basicamente, o surfista indonésio refere que a onda é uma amostra do que costumava ser, pois perdeu muito da sua qualidade e consistência devido ao desenvolvimento junto à costa. Conhecida pelos seus tubos e rampas para sair a voar, as palavras de Betet são bem esclarecedoras: 

“Continua a ser uma boa onda. É uma onda divertida que funciona durante uma ou duas horas, mas já não o dia inteiro como costumava ser. Parece estar mais curta e por vezes corre para a esquerda e direita… Agora são dois picos, enquanto antes era apenas um pico mais profundo, desde a rocha”. 

Os locais atribuem esta estranha redução da qualidade da onda ao desenvolvimento costeiro na região que veio a afetar o rio que alimenta a praia com sedimentos de areia. Muitos novos proprietários já tentaram, por exemplo, construir um muro. Uma dessas tentativas resultou num colapso parcial do muro/paredão que agora está a desviar o rio. 

A gente local, em conjunto com a Asian Surfing Co., iniciou uma ação local com vista a proteger a onda. Tipi Jarbrik, presidente da ASC, aproveitar para sossegar os fãs: 

“Sim, existe alguma mudança na forma da onda, mas não afetará a sua qualidade. Eu penso que há muitos fatores que podem afetar a qualidade da onda de Keramas. Não tenho certeza se podemos apontar o dedo a alguém ou a algo, mas é claro que a forma mais fácil é sempre culpar alguém ou alguma coisa”. 

Aproveita para ver os “highlights” de 2013, a última vez que o WCT passou pelo conhecido spot internacional numa estridente vitória de Joel Parkinson.