Polémica instalada em Waikiki Beach. Polémica instalada em Waikiki Beach. Foto: DR quinta-feira, 17 maio 2018 14:11

Tradição e cultura de Waikiki colocada em causa

Novamente o assunto das licenças em cima da mesa… 

 

Depois da Câmara de Honolulu ter negado a licença para o Billabong Pipe Masters, a realizar no início da temporada 2019, alegando a expiração do prazo para o pedido, num autêntico braço de ferro entre a World Surf League e o Mayor de Oahu; e de termos ficado também a saber que o Da Hui Backdoor Shootout não fará parte do calendário de eventos futuros do North Shore, eis que uma nova polémica põe em causa a tradição havaiana. 

 

No cerne da questão está, novamente, o assunto das licenças e autorizações, mas desta vez relacionadas com as concessões dos “beach boys” da praia de Waikiki. Para quem não sabe, há mais de uma década que estes transportam o típico espírito Aloha das ilhas, proporcionam tours e aulas de surf, valendo-se do seu conhecimento e lifestyle para proporcionar uma experiência válida e que conte aos turistas. 

 

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Para além disto, esta rapaziada de Waikiki, que tenta viver a fazer o que gosta (o que é perfeitamente legítimo), também presta um importante serviço de vigilância (lifeguard) sem que sejam verdadeiramente pagos para isso. 

 

Tudo isso parece estar agora em risco com o facto de terem perdido recentemente a licença para operarem. Acontece que uma nova empresa, a Dive Oahu, ganhou a última licitação das licenças (que se renova a cada 5 anos) e deixou duas das mais antigas operadoras, a Star Boys e a Hawaiian Ocean, a serem despejadas… ou, em última instância, a terem que trabalhar para a Dive Oahu por um valor muito abaixo do que praticavam. 

 

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Os “beach boys” originais já protestaram e dizem agora que a Dive Oahu está a pôr em risco as tradições e a cultura do surf na Praia de Waikiki, que fica no coração de Honolulu, cidade onde se encontram concentrados, diariamente, a maior quantidade de turistas. 

 

Alguns dos mais respeitados watermen das ilhas, como a lenda Buffalo Keaulana, Paul Merino, Thomas Copp, Alika Willis ou Rusty Keaulana vieram a público dizer que a medida é um verdadeiro ataque à cultura do Havai e aproveitaram para se juntar a um protesto pacífico em frente à estátua do Duke Kahanamoku. 

 

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