Depois do que se passou este ano com a etapa de Margaret River, que foi cancelada devido à presença de tubarões e acabou por ser finalizada em Uluwatu, na Indonésia; rapidamente se falou na possibilidade desta prova ser substituída por outra região do planeta ou então permanecer na Austrália Ocidental, mas com realização num outro spot. 

Alguns nomes foram apresentados na sequência da especulação, como Gnaraloo ou até Jake’s Point - uma esquerda tubular, rasa e desafiante - que fica em Kalbarri. Ora, segundo o The West Australian, um jornal regional, os locais repudiam a ideia de terem uma prova do World Tour à porta e não querem que isso aconteça. 

A região que agora é mencionada, tal como o restante oeste australiano, é conhecida pela sua beleza natural, vibrante fauna e vida marinha, bem como pelos inúmeros surf spots perfeitos e atraentes que têm vindo a servir a comunidade surfista local e que, precisamente por esse motivo, devem permanecer no estado em que se encontram. 

Os surfistas locais e os clubes de surf da região querem evitar a todo o custo a contaminação de algumas das suas ondas às mãos de uma promoção barata. 

Jake’s Point, por exemplo, é uma das 23 reservas nacionais australianas, integrada em 2010, e, como tal, o porta-voz da National Surfing Reserves já veio dizer que o “local é sagrado” e que “não é uma opção”. 

Mais um berbicacho para os responsáveis da WSL, do Turismo e Estado Australiano resolverem.