COMO OS SHAPERS SE ESTÃO A ADAPTAR A ESTE PERÍODO DE INCERTEZA Chris Christenson Foto: huckmag sexta-feira, 17 abril 2020 09:47

COMO OS SHAPERS SE ESTÃO A ADAPTAR A ESTE PERÍODO DE INCERTEZA

Resultado da pandemia de covid-19...



A presente situação económica, resultado da propagação de coronavírus em todo o mundo, tem deixado muitos empresários sem dormir, e neste cenário de incerteza nem a indústria do surf escapou.

Com estado de emergência declarado em muitos países, o stress ganhou espaço e várias medidas tiveram de ser tomadas de forma a controlar danos.  

Matt Biolos, da Lost Surfboards, viu-se obrigado a colocar cerca de 60 empregados em regime de lay off após ter tido de encerrar a sua fábrica na Califórnia e as suas três lojas na Florida.

Chris Christenson, da Christenson Surfboards, também sediada na Califórnia, seguiu o mesmo caminho, estando 15 dos seus empregados igualmente em regime de lay off.

Muitas lojas de surf, agora fechadas e sem possibilidade de escoar produtos, estão a ver-se incapazes de pagar aos seus fornecedores, e empresas como a Lost Surfboards, que apenas vende em lojas, estão a sentir na pele os efeitos devastadores desta paragem.

Os rendimentos podem ter deixado de entrar, mas o mesmo não acontece com as despesas, uma vez que as rendas das instalações continuam a tem de ser pagas.

Numa tentativa de se adaptarem às novas circunstâncias, alguns shapers têm direccionado as suas vendas para o mercado online.

 

A Pyzel definiu uma nova estratégia de vendas através do e-commerce Foto: pyzel surfboards

 

"Nós só estamos a tentar pagar a nossa renda. Não queremos tramar as lojas. Não vamos tentar impulsionar as vendas para sempre.", disse Jon Pyzel à Surfer.

Esta estratégica do shaper havaiano está a resultar num aumento de encomendas personalizadas, sendo que a marca só tem um funcionário na fábrica a trabalhar por dia.

Já a Lost e a Christenson Surfboards mantêm a sua produção parada, alimentando as suas redes sociais de forma a entreter e interagir com os seus clientes.

"O que se diz é" apenas negócios essenciais”, nós não somos mais essenciais do que os outros negócios não essenciais que tiveram que fechar. Sinto que é a nossa responsabilidade social", disse Chris Christenson.

 

Chris Christenson diz que o surf não é um negócio essêncial Foto: Christenson Surfboards

 

Para já, o shaper tem capacidade para manter o seu negócio sem ter rendimento a entrar, uma vez que tinha passado por um lucrativo período de vendas, o que não lhe trás grandes preocupações. Contudo, a sua preocupação ganha outros contornos quando confrontado com a possibilidade deste cenário de paralisação da economia se estender até ao verão.

Esta súbita paragem terá um impacto mesmo após o levantamento do estado de emergência. Quando as pessoas puderem voltar aos seus trabalhos e à sua vida “normal” a precaução e o medo, muito provavelmente, ainda estará presente. A forma como passarão os seus dias e onde gastam o seu dinheiro poderá vir a ser mais ponderada.

Os shapers poderão sentir essa ponderação por parte dos seus clientes, mas o amor ao surf é algo que nenhum vírus é capaz de destruir, pelo que, mais cedo ou mais tarde, verão as suas vendas aumentar. Só nos resta esperar para ver quando esse cenário começará a surgir.

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