Em dezembro de 2020, o surfista envolveu-se num acidente  de carro que causou uma vítima mortal

Em dezembro do ano passado, o big rider brasileiro Felipe “Gordo” Cesarano, surfista  frequentemente visto na Praia do Norte e um dos participantes no evento Nazaré Tow Surfing Challenge em fevereiro de 2020, envolveu-se num acidente de carro na Autoestrada Lagoa-Barra, no Rio de Janeiro, Brasil, que causou uma vítima mortal e um ferido ligeiro.

Segundo a imprensa local, o surfista encontrava-se embriagado no momento do acidente e perdeu o controlo da sua viatura invadindo a faixa contrária onde embateu de frente com o carro onde seguia Diogo da Silva, um militar de 36 anos que morreu no local.

O big rider ficou detido por um dia, mas teve liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e enfrenta agora uma acusação de homicídio culposo de trânsito (homicídio involuntário) e está proibido de conduzir, frequentar casas noturnas, bares e quaisquer locais onde sejam vendidas bebidas alcoólicas para consumo imediato.

Felipe “Gordo” Cesarano usou as redes sociais para falar pela primeira vez sobre o acidente

Após o acidente o surfista viu a sua vida mudar drasticamente. Cesarano perdeu o patrocínio da Rusty, marca que patrocinava o big rider há mais de 10 anos, e desde então manteve-se em silêncio até à passada semana, altura em que usou a sua página de instagram para dizer que estava “desaparecido” para pôr a cabeça no lugar. O surfista mostrou um ar pesado e disse que ainda era desconfortável falar sobre o assunto.

A declaração de Felipe “Gordo” Cesarano:

“Ando meio afastado das redes sociais, imagino que vocês devem saber o motivo. Foi uma tragédia horrível que ainda mexe muito comigo, ainda não me sinto confortável para falar, mas queria vir aqui para dizer que estou “sumido” para pôr a cabeça no lugar, refletir sobre tudo o que aconteceu (...) uma tragédia desta desestrutura-te e acaba com tudo. O mais difícil para mim foi que desestruturou uma outra família, então acordar com isso na cabeça, não há um dia em que não carregue isso (...) Eu não quero parecer que estou fora do instagram porque me estou a esconder (...) Quem me conhece sabe que eu nunca quis fazer mal a ninguém. No momento do acidente a primeira coisa com que me preocupei foi em ver o que estava a acontecer. Prestei ajuda e fiquei lá até ao final. Tive pessoas a dizer para eu sair do local que era melhor, mas não existe melhor, existe arcar com os meus actos e responsabilidades e em nenhum momento eu fugi disso. Estou aqui com a maior humildade e respeito do mundo para dizer que eu preciso recomeçar. Quero pedir perdão a todos e ver se esta história pode pelo menos ajudar e consciencializar mais as pessoas.”

Podes ver toda a declaração aqui.