O Dia Internacional da Mulher é a 8 de Março, e vai coincidir com o decorrer da 3ª etapa do CT em Peniche. Para assinalar a data, a WSL definiu que os atletas do circuito escolheriam uma mulher que os inspirasse, e apelidos dessas mulheres foram cravados nas lycras que os atletas usarão durante a prova. Mas quem são as mulheres escolhidas pelos surfistas?

Michelle Kwan

Tatiana Weston-Webb decidiu homenagear a patinadora artística Michelle Kwan. Kwan reformou-se em 2006, mas não sem antes conseguir duas medalhas olímpicas – prata em 1998 e bronze em 2002. A atleta americana de origens chinesas também foi campeã mundial cinco vezes (1996, 1998, 2000, 2001 e 2003) e nove vezes campeã nacional nos Estados Unidos.

Kwan é uma das atletas mais populares do seu país, e é considerada uma das melhores patinadoras de sempre.

“Se algum dia a conhecesse, agradecia-lhe por ter inspirado milhões de jovens mulheres em todo o mundo”, afirma Tati. 

Florence Arthaud

Johanne Defay escolheu uma conterrânea, a velejadora e recordista francesa Florence Arthaud. Em 1990, Arthaud foi a primeira mulher a bater o recorde da travessia do Atlântico Norte à vela em 9 dias, 21 horas e 42 minutos – bateu, por dois dias, o recorde até então nas mãos de Bruno Peyron.

Arthaud faleceu a 9 de Março de 2015, o que faz com que a data em que esta homenagem acontece seja ainda mais significativa.

“Fascina-me a sua coragem ao velejar pelo Atlântico sozinha”, explicou Defay. “Tento canalizar a sua coragem e ser tão independente e forte como ela”.

Naomi Osaka

Kanoa Igarashi escolheu a tenista japonesa Naomi Osaka para a sua homenagem. Osaka tem alguns recordes no seu currículo, entre eles o de ter sido a primeira japonesa a ganhar um torneio Grand Slam de simples, em 2018, contra Serena Williams, ou o de ter sido a primeira asiática a chegar ao nº1 do ranking da Women’s Tennis Association.

“Hoje em dia há muitas críticas, muito barulho a vir de fora”, comenta Igarashi. “É difícil seres tu próprio, e eu respeito-a muito por ser tão pura.”

Andrea Vargas

Brisa Hennessy é a única costa-riquenha em prova, agora que o seu conterrâneo Carlos Muñoz está lesionado. A atleta decidiu usar a sua lycra amarela, simbólica da sua liderança no ranking, para honrar uma mulher do seu país. Andrea Vargas é responsável por ter conseguido as primeiras medalhas de ouro em atletismo para uma mulher da Costa Rica.

Hennessy viajou com Vargas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, e descreve-a como “uma atleta incrível e uma mãe maravilhosa”.

Lisa Anderson

A escolha do GOAT Kelly Slater foi Lisa Anderson, uma surfista que terá para sempre o seu nome marcado na história do desporto. Teve uma vida atribulada, mas tudo depois se traduziu em garra e irreverência no seu surf, e, consequentemente, em resultados – Anderson foi campeã mundial quatro anos seguidos. Podes ficar a conhecê-la melhor através desta crónica de Pedro Quadros.  

“Não lhe contei”, disse Kelly. “Queria surpreende-la e honrar o trabalho que ela fez pelo surf.”

Jéssica Silva

Não há nenhuma mulher portuguesa a competir no CT, mas Frederico Morais fez questão de garantir que havia, de uma forma ou de outra, uma portuguesa na água. Para isso, escolheu a futebolista Jéssica Silva, que joga pelo Sport Lisboa e Benfica, além de integrar a Selecção Portuguesa de Futebol Feminino.

“Tornámo-nos muito bons amigos”, conta Kikas. “Ela é alguém que eu admiro, que trabalha muito para atingir os seus sonhos, e é um orgulho para o nosso país”.