Estas esponjas foram desenvolvidas por pesquisadores da Faculdade de Ciência e Engenharia de Alimentos da cidade chinesa de Qingdao com o objetivo de eliminar a poluição por microplásticos na sua origem.

Além do plástico que nós vemos, os microplásticos e nanoplásticos são parte da poluição causada por este material e já foram encontrados até mesmo no nosso sangue. Enquanto a coleta de resíduos visíveis como garrafas, sacos e outros itens é relativamente simples, retirar microplásticos e nanoplásticos dos ambientes é uma tarefa complicada já que os microplásticos e nanoplásticos, são minúsculos pedaços de plástico que medem de 0,1 a 5000 μm e de 1 a 100 μm, respectivamente.

Microplásticos, um perigo que quase passa despercebido, mas que é muito difícil de solucionar

Embora a eficácia das esponjas tenha variado nas experiências, em parte dependendo da concentração de plástico e da acidez e salinidade do líquido, as condições ideais permitiram aos investigadores remover até 90% dos micro plásticos.

As novas esponjas são feitas predominantemente de gelatina e amido. Não pesam quase nada porque o interior é na sua maioria espaço vazio, excepto por alguns pedaços de estruturas que mantêm a forma.

O cientista químico de materiais, Guoqing Wang, disse que são capazes de tornar as esponjas mais ou menos porosas, dependendo do tamanho das partículas que pretendem limpar. Isto é feito através de um processo relativamente simples de alteração das temperaturas da gelatina e do amido à medida que são misturados. Com um pouco de sorte e um pouco mais de pesquisa e desenvolvimento, Wang acredita que as esponjas serão extraordinariamente úteis em locais como estações de tratamento de águas residuais ou em instalações de produção de alimentos.

Apesar das boas intenções dos criadores das novas esponjas, alguns investigadores acreditam que existem demasiados microplásticos que chegam ao mar todos os dias para que possam fazer alguma diferença real.

É provável que não seja a fórmula mágica para conseguirmos resolver completamente o problema da poluição do plástico, mas pode ser uma parte muito importante da resposta integrada e global, que urge cada vez mais a cada dia que passa.

O plástico é uma ameaça real a todas as formas de vida do nosso planeta.