Pequenas bolas de plástico estão a dar à costa na Galiza depois de um barco ter perdido 15 toneladas do material em Dezembro EFE/ Kiko Delgado. terça-feira, 09 janeiro 2024 08:49

Pequenas bolas de plástico estão a dar à costa na Galiza depois de um barco ter perdido 15 toneladas do material em Dezembro

Material foi perdido em águas portuguesas. 

 

 

A 8 de Dezembro de 2023, um cargueiro com a bandeira da Libéria perdeu seis contentores em águas portuguesas - a 80 quilómetros de Viana do Castelo. Um desses contentores levava, segundo o Governo Espanhol, mil sacos com 15 toneladas de minúsculas bolas utilizadas na fabricação de plásticos, também chamadas de pellets. Agora, as autoridades da Galiza ativaram um alerta ambiental, com a chegada deste material à sua costa.

Foi a 13 de Dezembro que o problema começou a surgir, quando os primeiros sacos foram identificados em praias da Galiza, cada um com cerca de 15 quilos. Até agora, foram recolhidos cerca de 60 sacos. No final da semana passada, grandes quantidades das bolas dispersas começaram a dar à costa, chamando a atenção de organizações ambientais e meios de comunicação locais. 

Segundo o procurador espanhol do Ambiente, Antonio Vercher, o material também já atingiu a costa portuguesa e a francesa. No entanto, A Autoridade Marítima Nacional nega ter conhecimento de que isso tenha acontecido. 

Foi ativado pelo Governo Regional da Galiza o nível 1 do Plano Territorial de Contingências por Contaminação Marinha da Galiza. Este é o nível menos grave, e prevê tarefas de vigilância e limpeza. Ángeles Vázquez, conselheira do governo regional com a pasta do Ambiente afirma que o material foi analisado e não é tóxico ou perigoso, mas reforça que "é plástico e é preciso ser retirado dos areais". 

Já a Noia Limpa, uma associação ecologista galega, indica que estas bolas são "esponjas tóxicas" que atraem toxinas químicas e outros contaminantes para as suas superfícies". Além disso, devido ao seu tamanho e leveza, "é quase impossível limpá-las depois de se espalharem pelas praias". Com o passar dos anos, fragmentam-se em microplásticos que entram na cadeia alimentar marinha. 

 

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top