As ondas da Nazaré são recorrentemente objecto de premiação, pelos recordes que ali se quebram, os limites que se desafiam, os avanços e contributos que ali se fazem para o mundo do surf de ondas grandes, e do surf no geral. Agora, a Nazaré mostrou mais uma vez que desempenha muito bem o papel principal. 

No passado fim-de-semana, teve lugar em Los Angeles a Creative Arts Emmy, a primeira fase dos Emmy Awards, dedicada à premiação de categorias técnicas. Foi neste contexto que a série 100 Foot Wave recebeu o prémio "Outstanding Cinematography For a Nonfiction Program - 2023". No ano passado, esta série já tinha recebido este mesmo prémio. Este ano, foi também nomeada para os prémios "Outstanding Documentary or Nonfiction Series", "Outstanding Sound Editing for a Nonfiction Or Reality Program", "Outstanding Sound Mixing For a Nonfiction Program", "Outstanding Writing For a Nonfiction Program" e "Outstanding Picture Editing For a Nonfiction Program". 

100 Foot Wave narra a procura da mítica onda de 30 metros, uma busca que começou com Garrett McNamara e que transformou o destino da Nazaré e do surf de ondas grandes. O episódio pelo qual a série foi premiada tem o título de "Chapter VI: Force Majeure", em que C.J. Macias e Andrew Cotton reflectem sobre a sua relação com as ondas gigantes após um acidente. No mesmo episódio, vemos o português Tony Laureano a agarrar uma oportunidade de competir como parceiro de Justine Dupont, e a primeira surfada do filho de McNamara na Nazaré. O episódio inclui também a participação de Kai Lenny, Nic Von Rupp, Lucas Chumbo, Pedro Scooby e Michelle des Bouillons. 

O Nazareno João Vidinha faz parte da equipa de 100 Foot Wave e é responsável pelas imagens capturadas por drones utilizadas na série. Sobre esta conquista, afirmou estar orgulhoso por colher os frutos da "dedicação e anos de trabalho" e da sua determinação em "colocar o drone onde nunca tinha estado e usá-lo de maneiras diferentes".