Eimeo Czermak foi uma das várias vítimas da dureza de Pipeline nesta temporada de Inverno, e foi um dos atletas a ficar em estado mais grave, depois de ter sofrido um wipeout durante o Pipeline Masters. À semelhança de Joaquin del Castillo, Czermak também teve a necessidade de criar uma campanha de crowdfunding para cobrir os seus custos médicos, que chegaram a um total de 55 000 dólares. Isto porque o seguro do atleta não contempla lesões em competição, e o Pipeline Masters, sendo um Specialty Event, não conta com seguro para os atletas. 

O jovem atleta do Tahiti explica em detalhe a sua situação na sua campanha de crowdfunding, dizendo que sofreu danos na coluna e na cabeça. O surfista de 20 anos agradece aos salva-vidas que o ajudaram a voltar para a areia, e conta que, ao sair da água, "não sabia onde e estava e não tinha memória do que estava a acontecer". Só quando já estava na maca é que "a adrenalina passou", e aí começou a sentir "uma dor intensa na coluna", e deixou de sentir as pernas. 

Foi levado para as urgências, e teve que passar a noite no hospital, apesar de ter avisado que não tinha seguro. "Não conseguia sentir ou mover as pernas durante uma semana e meia", e ainda está a lidar com os efeitos da concussão que sofreu, e que "resultou numa depressão". Czermak justifica a sua decisão de criar a campanha de crowdfunding: "Nunca fui de pedir dinheiro ou ajuda, mas esta situação desenrolou-se fora do meu controle e colocou-me a mim e à minha carreira numa posição muito difícil".

O surfista explica que a consequência de não pagar esta conta é que deixará de ter permissão para entrar nos Estados Unidos, algo que considera "devastador", porque o Havai "é como uma segunda casa", que desempenhou um papel muito importante no seu desenvolvimento enquanto surfista. A impossibilidade de regressar ao Havai teria "um impacto negativo muito grande" na sua carreira. 

A campanha de crowfdunding está disponível aqui, onde também o texto pode ser lido na íntegra.