O tricampeão mundial Gabriel Medina não poderá regressar ao Championship Tour em Teahupo’o, em agosto, como era seu desejo. Apesar de estar totalmente recuperado da lesão no peitoral sofrida em janeiro, a World Surf League negou o pedido de wildcard apresentado pelo surfista brasileiro.

Segundo avança o Globo, Medina formalizou o seu pedido no dia 21 de maio, manifestando a intenção de competir no Lexus Tahiti Pro, última etapa do CT antes das Final 5. Com dois títulos e quatro vice-campeonatos em Teahupo’o, o seu histórico justificava a ambição de regressar à elite precisamente nesta prova. No entanto, a organização foi perentória.

“Não há wildcards disponíveis para o Tahiti”, afirmou Renato Hickel, subcomissário da WSL. “Um foi atribuído a Kauli Vaast, medalha de ouro nos Jogos de Paris 2024, e o outro será para o vencedor dos trials locais. Só se alguém se lesionar é que poderá abrir uma vaga.”

Fontes próximas garantem que Medina não quer voltar como substituto de última hora, em caso de lesão de outro atleta. Mantendo esta postura, o regresso do brasileiro ao CT será apenas em abril de 2026, na etapa de Bells Beach, quando se inicia o novo formato de temporada.

Se tal acontecer, Medina completará 18 meses fora do tour, desde a sua última participação nas finais da WSL em setembro de 2024.

Apesar do contratempo, Medina mantém a motivação em alta:

“O meu objetivo é conquistar um quarto título mundial. Quero voltar com tudo no próximo ano. A temporada vai começar em abril e terminar em dezembro no Havai, como antigamente. Gosto mais do sistema clássico de pontos acumulados. Vai ser um bom ano e terei tempo de sobra para me preparar. Isso motiva-me.”