A World Surf League (WSL) revelou esta segunda-feira o calendário e o novo formato competitivo do Championship Tour 2026, num ano simbólico que marca os 50 anos do surf profissional. As novidades incluem aumento do número de atletas femininas, a remoção das rondas sem eliminação e um novo posicionamento dos eventos, com a icónica etapa de Pipeline, no Havai, a fechar a temporada num cenário de alta tensão.

Calendário: arranque na Austrália, final épica no Havai:

O CT 2026 arranca em Bells Beach (Austrália), de 1 a 11 de abril, e contará com 12 etapas, passando por nove países ao longo de nove meses. A grande final acontecerá entre 8 e 20 de dezembro, no mítico Banzai Pipeline, agora com um peso reforçado na atribuição do título mundial.

O Tour contará com nove etapas regulares, seguidas de duas etapas de pós-temporada (Abu Dhabi e Peniche), antes da grande final no Havai.

Formato evoluído: heats com consequências desde o primeiro dia

A WSL eliminou as rondas não eliminatórias, aumentando a tensão desde o arranque de cada evento. O novo formato inclui heats head-to-head desde as fases iniciais, promovendo maior clareza e impacto competitivo.

• O número de surfistas será de 36 homens e 24 mulheres na fase regular.

• Após a nona etapa (Lower Trestles), o field reduz-se para 24 homens e 16 mulheres.

• As duas etapas seguintes – Abu Dhabi e Peniche – são etapas que ajudarão na qualificação para o grande desfecho no Havai.

*Os resultados da Abu Dhabi e de Peniche contam para o ranking final. Aqui, cada surfista é contabilizado com seus melhores 7 resultados da fase regular + os 2 melhores das etapas 10 e 11, perfazendo 9 resultados válidos em 12.

Etapa Final (Pipe Masters – Etapa 12):
Aqui, todos os surfistas do Tour voltam à competição. Mas com um detalhe: os 8 primeiros homens e 8 primeiras mulheres do ranking entram nas fases mais avançadas do evento. Este evento dá 15.000 pontos ao vencedor (1,5x o valor de uma etapa normal).

Pipe Masters: mais pontos, todos de volta, tudo em jogo

A edição 2026 do Pipe Masters passa a ser o evento final do tour e terá participação integral de todos os atletas do CT (homens e mulheres) — incluindo aqueles já eliminados do top 24/16. Estarão em jogo 15.000 pontos (1.5x um evento regular), o que garante que o título mundial poderá ser decidido ali, em Pipeline, o local mais sagrado do surf profissional.

Calendário CT 2026:

1. Bells Beach, Austrália – 1 a 11 abril

2. Margaret River, Austrália – 17 a 27 abril

3. Snapper Rocks, Austrália – 2 a 12 maio

4. Punta Roca, El Salvador – 28 maio a 7 junho

5. Saquarema, Brasil – 12 a 20 junho

6. Jeffreys Bay, África do Sul – 10 a 20 julho

7. Teahupo’o, Taiti – 8 a 18 agosto

8. Cloudbreak, Fiji – 25 agosto a 4 setembro

9. Lower Trestles, EUA – 11 a 20 setembro

10. Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos – 14 a 18 outubro

11. Peniche, Portugal – 22 outubro a 1 novembro

12. Pipeline, Havai – 8 a 20 dezembro

Sistema de pontuação e qualificação

• Para aceder à pós-temporada, contam os sete melhores resultados em nove etapas.

• Para o título mundial, contam os nove melhores resultados das 12 etapas.

• Pipeline será decisivo, com os melhores oito homens e oito mulheres já qualificados a entrarem diretamente nas fases avançadas.

Impacto no surf feminino

O novo formato destaca também o compromisso da WSL com a igualdade de género, ao aumentar o número de participantes femininas e manter a equidade de pontuação e premiação. Kika Veselko, Johanne Defay e Molly Picklum são algumas das atletas que deverão beneficiar de um calendário mais denso e com heats decisivos desde o início.

Declaração do CEO da WSL, Ryan Crosby:

“Estas mudanças refletem o nosso compromisso com o legado do surf, ao mesmo tempo que moldamos o futuro da modalidade. O novo calendário e formatos colocam mais emoção, mais igualdade e mais espetáculo em cada heat.”

 

Considerações sobre o Mid-Season Cut / Haverá corte no CT 2026?

Sim, mas não é um “Mid-Season Cut” como nos anos anteriores.
Em vez de acontecer a meio da temporada (após 5 etapas), o corte será feito após a Etapa 9 (Lower Trestles, EUA).

Como funciona o novo corte?

Depois das 9 etapas regulares:

• Avançam para os eventos da pós-temporada (Abu Dhabi e Peniche):

  • 24 homens (os melhores classificados após 9 etapas)

  • 16 mulheres

  • + 2 wildcards por prova

• Os surfistas que não se classificarem ficam de fora das etapas 10 e 11 e não podem disputar o título mundial.

O que muda em relação aos anos anteriores?

• Não há eliminação a meio da temporada (como no Mid-Season Cut tradicional).

• O corte só acontece depois da Etapa 9, garantindo mais tempo aos atletas para pontuar.

• A final (Pipe Masters) traz de volta todos os surfistas do Tour, independentemente de terem sido cortados ou não — mas os melhor classificados terão vantagens de seeding.

Em resumo: