A Praia do Norte é uma das pérolas da costa lusa que atrai cada vez mais visitantes. A Praia do Norte é uma das pérolas da costa lusa que atrai cada vez mais visitantes. Foto: Hélio António terça-feira, 28 março 2017 08:25

Cresce o número de empresas que operam na área do Surf em Portugal

Peniche, Ericeira e a Nazaré estão entre os destinos mais procurados...

 

Para quem ainda tem dúvidas do crescimento do Surf em Portugal, esta é uma notícia - mais uma - que ajuda a perceber a sua franca expansão nos últimos anos. O jornal Público fez o seu trabalhinho de casa, investigou, e revelou um destes dias que 611 empresas se encontram a trabalhar na área do surf. 

 

Os números foram conseguidos através do Registo Nacional de Agentes de Animação Turística (RNAAT) e da Secretaria de Estado do Turismo que refere mesmo o desporto continua a ser prioridade na comunicação do destino Portugal.

 

Os dados anteriores, de abril de 2016, indicavam o registo de 586 empresas que afirmavam realizar atividades de surf, além dos empreendimentos turísticos e alojamentos locais, que disponibilizam serviços e equipamentos para turistas que querem praticar este desporto.

 

"Acresce o facto de vários operadores turísticos internacionais e 'online travel agencies' (agências a operar na internet) especializados em viagens de surf, sobretudo do mercado europeu, programarem o país", acrescentou a mesma fonte à Lusa, enumerando como destinos mais procurados Peniche, Ericeira, Nazaré, Cascais, Costa Vicentina, Viana do Castelo e Açores.

 

Em resposta à agência Lusa, o gabinete de Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, acrescentou que a produção de conteúdos sobre surf "continua a ser uma prioridade na estratégia de comunicação do destino Portugal para 2017".

 

Quanto ao peso do surf na atividade turística, Portugal continua sem dados estatísticos, em concreto, entenda-se, embora Governo e praticantes notem um aumento na oferta.

 

Em 2012, uma análise interna da Associação Nacional de Surfistas (ANS), com base em contactos informais junto de empresas e em estimativas, indicava que o surf poderia representar 400 milhões de euros na economia nacional. No entanto, o Governo admite que "seja superior" este valor e Francisco Rodrigues, presidente da ANS, acredita poder ser "uma perspetiva até conservadora".

 

Para estas contas, segundo Francisco Rodrigues, entram sobretudo a "indústria endémica", a "componente dos serviços", o que os "surfistas representam nas outras indústrias", mas também a indústria têxtil, uma vez que há produções em Portugal para "corresponder a vendas feitas a nível internacional".

 

Para a ANS, a oferta turística do surf vale pelo seu todo, até porque, como recordou o dirigente, num raio de 150 quilómetros à volta de Lisboa "é quase impossível não encontrar um bom dia de surf ou um dia razoável que acomode as vontades de quem visita" o país.

 

Já o Governo disse à Lusa que o surf, "como tema âncora da comunicação internacional de Portugal enquanto destino turístico, será um dos temas abordados na campanha internacional, nas redes sociais, bem como noutras plataformas. 

 

O desafio que se segue é promover mais e melhor a extrema qualidade das ondas portuguesas. Dar total apoio a quem nos procura para fazer surf, fornecendo toda a informação relativamente à especificidades de cada praia, de cada spot, de cada onda. 

 

Rm todo o caso, o futuro parece auspicioso. 

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