“Conta-nos a tua história de surf” – conhece e vota nas histórias a concorrer para o prémio final do passatempo domingo, 03 outubro 2021 22:40

“Conta-nos a tua história de surf” – conhece e vota nas histórias a concorrer para o prémio final do passatempo

Vota na tua história favorita!

 

Entre Junho e Setembro, no âmbito da comemoração dos seus 20 anos de existência, a Surftotal lançou um passatempo em que andou à procura das melhores histórias de surf que as pessoas tinham para contar.

A cada mês, as três primeiras histórias foram premiadas com 48 copos de Go Chill, mas agora chegou a altura de escolher a derradeira vencedora. O autor da história mais votada receberá o prémio final: um relógio GPS Watch da Rip Curl no valor de 300€ e uma prancha Go Chill Diogo Appleton!

 

 

Relógio GPS Watch da Rip Curl 

 

Prancha Go Chill Diogo Appleton

 

 

Conhece as histórias seleccionadas abaixo e vota na tua preferida:

 

Surf durante um exercicio militar:

Por Rui Guilherme de Oliveira Ferraz

Há alguns anos, algures na zona centro, as ondas estavam pequenas e então decidi, com mais alguns amigos, ir surfar a um secret spot que nos garante quase sempre sessões de surf, mesmo quando não há ondas noutras praias.

Decorria nessa altura um exercício militar no pinhal junto a esta praia e eram bastantes os veículos militares a circular. Quando lá chegámos e abordámos a polícia marítima, após alguma insistência nossa, lá nos deixou entrar para ir surfar. Dizia o polícia, "Vão para o lado direito ok? Não saiam de lá", e nós obedecemos, claro está. Foi uma surfada curta, porque após alguns minutos, estando nós dentro de água, começam a passar por cima de nós mísseis (não sei que tipo de projéteis se tratavam, imagino que era algum tipo de míssil) vindos do pinhal , caindo a cerca de 1 quilómetro no mar. Parecia um cenário de guerra, semelhante ao que se vê nos filmes. Foi um período tenso, tendo nós sido surpreendidos pelo que estava a acontecer. Apesar de tudo, a qualidade das ondas não era a melhor e logo após os primeiros disparos a polícia marítima ordenou-nos que saíssemos imediatamente da água. Creio que o polícia que nos permitiu entrar no mar ainda levou uma reprimenda porque não era suposto sequer estarmos ali.

Apesar de tudo, não passou apenas de um susto e uma história diferente para contar.

 

 

 

 

 

Ribeira ao cubo:

Por Duarte Menezes

Quando chegamos a Ribeira o entusiasmo transformou-se em medo. Estavam dois metrões e maré cheia. Eu só tinha catorze anos, estávamos em 1986. O Gonças tinha-me "emprestado" a prancha do irmão, uma Papôa nova. Entrei a remar com todas as minhas forças, só que veio um set e eu comecei a encher. Em vez de apontar tudo para a esquerda e passar as pedras do Ali Babá eu remava em frente apavorado com aquela ilha de pedregulhos nas costas. Levei com uma em cheio, saiu-me a prancha das mãos, quando vim ao de cima estava encostado a uma rocha e vinham lá mais ondas. Subitamente perdi o medo, trepei o calhau e esperei pela próxima, um espumão descontrolado, saltei o mais que podia para cima dele.  A prancha era o meu escudo eu girava o corpo, todos os impactos nas pedras foram com a prancha a defender-me. A água passou e dou comigo deitado nas rochas, atrás de mim uma pedra de três metros que eu trepei para minha segurança. Sentado no calhau a absorver aquela experiência oiço assim, “teve muita sorte pensei que fosse morrer”, olho para o lado e está um gajo todo nu, um nudista, que refugiado naquele lado deserto da praia viu tudo. Não foi sorte, foi instinto de sobrevivência ou então um milagre.

 

 

Surfando com um Leão Marinho:

Por Gil Pereira

Esta história aconteceu em 2019 enquanto vivia em San Clemente na Califórnia, mais propriamente em T-Street, uma praia  a sul do Pier de San Clemente.  A costa do sul da  Califórnia tem uma fauna muito diferente da nossa costa Atlântica , raias, golfinhos eram uma constante, cheguei a ver um tubarão a dar um salto mesmo em frente a mim e ao meu colega, a uns 100m de nós , em San Onofre uma praia apreciada pelos longboarders.

Mas surfar com o Leão Marinho foi uma experiência única e bem diferente. Outros animais  geralmente não se aproximam, a gente aprecia-os ao longe. Este não, aproximou-se mim como que queria interagir, olhou-me nos olhos muito repentinamente   e brincava como uma criança enquanto eu apanhava as ondas.

Das dezenas de histórias que todos nós surfistas temos, esta é a minha favorita!

 

 

Surftrip zpoint anos 90:

Por Rui oliveira

Lá pelo início da década de 90, a malta de Queluz / Massamá organizava umas surftrips com a surfshop The Surfe. Alugava-se uma camioneta e lá iam uns 40 surfistas à procura de ondas pelo país. E íamos de norte a sul. Numa destas surftrips partimos para sul à procura de um secret spot que a SurfPortugal tinha apelidado de ZPoint. Sabíamos que era no Algarve e havia no grupo quem já conhecia o local. A caminho parámos em St. Torpes! Era a loucura, estavam umas ondas e toda a gente sabia que a água por vezes aquecia devido às descargas de água utilizada para arrefecer os condensadores de vapor. Quando a camioneta parou saímos desvairados e começámos a tirar as pranchas, sem nos percebermos que um grupo de locais nos observavam e rapidamente começaram e mandar bocas e a ameaçar-nos se entrássemos no mar. Ainda repostámos mas achámos por bem arrumar tudo e seguir viagem! Chegámos já tarde ao Secret Spot, claro hoje toda a gente sabe onde fica o Zavial. Esperávamos aquela direita que vinha nas revistas. Mas como tínhamos chegado tarde não deu para perceber bem o estado do mar. Acampámos mesmo na praia! A meio da noite e com a maré a subir e as ondas também fomos surpreendidos com a água a chegar a algumas das tendas e tivemos de recuar o acampamento. Finalmente o sol levantou e quando abrimos os fechos das tendas vimos a direita tão cobiçada! Foi vestir fatos á pressa e encher o pico! Eu só consegui fazer uma onda que acabou por ser fotografada e tudo! Naquele tempo fazíamos kms e kms sem saber o que encontrar, mas se surfasse-mos uma onda já estava feita a viagem! Boas ondas a todos!!

 

 

 

Máquina de Lavar

Por Pedro Camaz

O meu nome é Pedro Camaz, tenho 16 anos e nasci no meio do surf.

O meu pai também faz surf e começou a levar-me com ele para o mar desde muito cedo, com 6 anos eu já tentava (tentava) apanhar umas espuminhas na praia da Azurara, terra onde nasci.

Bem sei que faço surf há muito pouco tempo, mas garanto que já tenho algumas histórias para contar.

A última que me lembro, foi numa manhã do mês de Março, o mar estava com uma boa ondulação, um pouco maior daquele mar que eu estou habituado a surfar, mas mesmo assim entrei. Ao fim de apanhar umas quantas ondas, veio um set maior do que eu esperava aguentar, mas enfrentei a onda. Comecei a remar para o outside mas não cheguei a tempo e levei com ela em cima.

Senti-me dentro de uma máquina de lavar.Não conseguia vir a cima nem sabia em que direção deveria nadar. Foi assustador. Senti algum medo, mas aí lembrei-me das aulas de natação que o meu pai me deu e mantive-me calmo, em posição de bola, deixei-me levar por aquela força imensa e quando dei por mim estava enrolado na areia. Perguntei a mim próprio como é que consegui ficar tanto tempo debaixo de água, além do medo fiquei também orgulhoso de mim próprio.

Irei continuar a surfar, pois é um desporto que gosto e me faz feliz.

 

 

A Era do Leão:

Por Gonçalo Santos

Naquela parte misteriosa do nosso cérebro a que chamamos memória, o período entre 1999 e 2001 ficou gravado na minha mente como a era do Leão. A chamada vida adulta ainda parecia uma coisa distante e quaisquer projectos que eu pudesse ter na altura, assentavam num misto de idealismo e inocência acerca do mundo. De alguma maneira, esta conjunção de fatores permitia que os dias de semana fossem maioritariamente inconsequentes. Os fins de semana, por outro lado, continham a possibilidade de aventura.

As cervejas consumidas na noite anterior e a hora da maré, podiam condicionar a hora da partida. Mas aos sábados de manhã, o plano não variava muito. O ponto de encontro era sempre o mesmo, junto à escola primária. Um por um, os protagonistas desta história iam aparecendo. O grupo continha punks, intelectuais e desportistas (ou melhor, era assim que nos víamos), um conjunto de personagens díspares com o surf como denominador comum. E os “leões”, claro! Dois Peugeots 106, que nos transportavam da cintura industrial lisboeta a algum ponto da costa oeste.

No porta bagagens, o material de surf ia-se misturando com o farnel para os próximos dias, formando um amontoado que, pouco a pouco, eliminava a visibilidade pela janela traseira. Respeitando os rudimentos da geometria euclidiana, com uma dose de força bruta e outra de sorte, as pranchas permaneciam atadas aos suportes no tejadilho. Antes de arrancar, entre todos, ainda era preciso juntar o dinheiro necessário para conseguir meio depósito de gasolina. Se íamos quatro num carro, com duzentos e cinquenta escudos por passageiro, tínhamos suficiente para as viagens de ida e volta. Começava então uma peregrinação que se reproduzia semana após semana.

Pelo caminho, ouviam-se mix tapes caseiras no auto-rádio. A brutalidade dos Ratos de Porão, sucedia-se do experimentalismo dos Sonic Youth que, por sua vez, se podia suceder da banda de uns amigos, que não sabiam tocar mais que os três acordes do punk. Em paralelo decorria o debate acerca de onde surfar. Enquanto uns argumentavam com a força e direção do swell, outros referiam as imagens difusas de uma webcam consultada graças a um modem de marcação telefónica e uma conexão de 28 kilobytes.

Nem sempre se conseguia unanimidade acerca do destino e, uma vez chegados à costa, podia ser necessário recombinar os passageiros. Cada carro voltava a arrancar para sítios diferentes e com as novas tripulações. Chegados ao sítio de eleição, a discussão podia-se reacender. Ironicamente, depois de ver as condições, era habitual perguntar se afinal as ondas não estariam melhores no outro sítio. Mas certa ou errada, em algum momento tomava-se a decisão de ir para a água.

Havia uma certa variação entre a habilidade natural para o surf de cada um de nós. Mas no fundo, naquela altura, éramos todos principiantes. Por outro lado, ou talvez por isso mesmo, take-off, bottom turn e o eventual cutback, eram vividos com grande intensidade.

 É certo que o material a que tínhamos acesso não ajudava muito. Pranchas funcionais e fatos em boas condições eram uma coisa rara naquela época. Mas nada disso importava e a vontade de apanhar ondas era o único imperativo.

Apesar de toda a motivação inicial, a certa altura, o frio e cansaço começavam a fazer as suas vítimas. E, progressivamente, um por um apontavamos as pranchas para a areia. Era chegada a ocasião de recuperar forças, vangloriar-nos dos nossos melhores momentos e rir-nos à gargalhada dos falhanços alheios. Eram momentos de puro júbilo e quem quer que ouvisse aqueles relatos desproporcionais, duvidaria se tínhamos passado a manhã nas ondas à frente do parque de estacionamento ou a dropar três metros e a entubar em Pipeline.

Discussões e sessões de surf deste tipo, sucediam-se ao longo de todo o fim-de-semana. Pelo meio, existiam as noites de sábado. Improvisar jantares à porta do supermercado, percorrer um roteiro de bares com álcool barato e acabar numa discoteca onde as últimas energias se consumiam na pista de dança, em tentativas de sedução de efetividade reduzida. Chegado o domingo, encolhidos num banco do carro ou no chão de algum acampamento improvisado, as horas de sono tinham sido poucas e não particularmente reconfortantes. Mas pelo  menos, íamos acordar com a expectativa de saber que as ondas estavam por perto.

Apesar do carácter subjectivo destas experiências, estou certo que elas não diferem significativamente das vividas por muitos outros surfistas. Aquilo que eventualmente as distingue, é o contraste com a nossa outra realidade, no dia-a-dia semanal. A placidez das gaivotas a percorrerem um areal deserto ou a levitar sobre as ondas de asas abertas, contra o ruído incessante dos carros a circular na nacional 10 e auto-estrada A1, imediatamente ao lado da nossa povoação. O bucólico da combinação entre praia e campo característico da costa oeste, contra os diferentes tons de cinzento provenientes das fábricas de cimento e amianto onde trabalhavam familiares e amigos.

Nos fins-de-semana, tínhamos a nossa versão de andar pela estrada fora, como os beatniks do Jack Kerouac. Vivíamos a sucessão de eventos triviais que preenchiam aqueles dias, como se não existisse nada fora desse segmento espácio-temporal. Tudo o que nos importava, concentrava-se aí e ter que interromper aquela possibilidade de aventura para regressar à nossa outra realidade, parecia conter uma dose de crueldade cósmica.

Claro que esta forma de estar só era possível porque, nesse outro dia-a-dia, existiam pessoas que garantiam comida a horas certas e um tecto sobre a cabeça. Ainda assim, quando recordo esse período, pergunto-me se é correto afirmar que tudo se resumia a um produto de idealismo e inocência juvenil? Não éramos gurus do mindfulness, nem eruditos da filosofia zen. Mas também não éramos ratos a percorrer um labirinto, para chegar ao fim, receber uma recompensa e voltar ao início com a expectativa de que finalmente vamos encontrar a saída.

Talvez não existam saídas definitivas para os complexos labirintos mentais que habitamos. Mas porventura, existem pequenas escapatórias. Nenhum de nós seria consciente disso na altura. Aliás, provavelmente nem serei capaz de o verbalizar satisfatoriamente agora.

 Mas hoje em dia, acredito que essa era a promessa que o surf nos oferecia. Uma escapatória temporária do labirinto. Uma saída em direção a algo que não era nem um produto da mentalidade juvenil, nem uma expectativa depositada em nós por terceiros.

Divagações à parte, o certo é que a dada altura a era do Leão chegou ao fim. Este termo assumiu diferentes formas para cada um. Para alguns, seguiu-se simplesmente uma era (Renault) Kangoo, com mais fins-de-semana na praia e noites de sono relativamente confortáveis, com um colchão na parte de trás da carrinha. Para outros, foi a era Erasmus, sem surf mas não isenta de outras aventuras. E com o passar do tempo, a variação entre a habilidade para o surf de cada um, foi-se tornando mais pronunciada. Alguns iam ficando competentes e outros, apesar dos avanços em fatos e pranchas, pouco ou nada evoluíam. 

Muitas outras coisas mudaram nos vinte anos que passaram desde então. Houve planos que se concretizaram e outros que se desmoronaram. Pessoalmente, ainda não percebi bem o que significa a tal vida adulta. Mas também não posso argumentar contra evidências e devo admitir que alcancei essa etapa. Porém, isto não quer dizer que chegámos ao último capítulo desta história.  Aliás, agora temos novas personagens e algumas delas já manifestam vontade própria para agarrar na prancha.

Quanto aos protagonistas originais, apesar das distâncias geográficas e fronteiras nacionais que nos separam, mantemo-nos em contacto e reunimo-nos na medida do possível. Quando tal acontece, as sessões de surf são mais breves, mas as descrições dos feitos nas ondas continuam igualmente desproporcionais. Tal como a maioria dos surfistas pelo mundo fora, temos um grupo de Whatsapp onde se partilham surf reports, teorias da conspiração e alguma imagem naturista. E como não somos capazes de ser mais originais, o nosso chama-se “Mates” e tem como icon é uma onda de Teahupoo.

 

 

 

Covid e Surf:

Por Susana Daniel

Por volta de Abril/Maio de 2020, estava fechada em casa, como muitos outros milhões de pessoas, desesperada com os confinamentos e regras e mais regras, sem saber se ia ter férias de Verão. De uma coisa eu tinha a certeza, precisava muito dessas férias, e precisava que fossem diferentes.

Decidi começar a pesquisar surf camps em Portugal, sem nunca ter surfado na vida, mas com muita vontade desde a adolescência. Nas minhas pesquisas encontrei um surf camp em Aljezur com tudo o que queria: regime de tudo incluído - estadia, alimentação, aulas e equipamento de surf. Convenci os meus filhos de 17 e 18 anos a irem comigo, e depois de me chamarem louca algumas vezes, lá concordaram.

Tive o incentivo adicional de ser desafiada por uma amiga a dedicar-me a sério, para um dia poder apanhar umas ondas com esse Deus que é o Eddie Vedder. Sempre que vem a Portugal não prescinde de apanhar umas ondas. E eu, groupie nº1, aceitei o desafio!

Está agora quase a fazer  1 ano que tive a minha primeira aula de surf. Disseram-me que ia mudar a minha vida. E mudou. Desde aí já estive em 7 surf camps diferentes. Repeti o primeiro 3 vezes. E  em todos os fins de semana com ondas e sem restrições de circulação, lá fui eu ter aulas e mais aulas.

Resultado? MEGA FELICIDADE.

Obrigada aos meus filhos Mariana e Pedro que foram comigo nesta aventura, sempre a achar que eu tinha enlouquecido de vez, mas foram! Obrigada a todos com quem me cruzei em todas as aulas e surf camps que fiz, que sempre me incentivaram a continuar, e que me acompanharam sempre com um sorriso e muitas gargalhadas. Obrigada a mim, que com 48 anos persisti que nem uma louca, e que me tornei mais saudável para conseguir continuar. Melhorei a minha alimentação, a minha condição física e por consequência a minha felicidade!  Obrigada aos que não se cansam de ouvir as minhas histórias e aventuras e ainda dizem que sou inspiradora!!!

Querido Mar: já era tua fã, agora sou tua fiel serva!

Agora, quero partilhar esta alegria com o máximo de pessoas possível. Já levei amigos a experimentar e vou continuar nesta missão! Bora?

 

 

 

O primeiro Campeonato de Surf que assisti

Por Célia Oliveira

Bem, estávamos no ano de 1987 e eu surfava na Costa da Caparica. Ia a caminho da praia do CDS, este nome vem dos antigos graffitis nas rochas do pontão com o logotipo do partido político, e quando me aproximei da praia, vindo de S. João, vejo um amontoado atípico de pessoas com uma pequena estrutura. Verifico então que era um campeonato de surf. Era a primeira vez que estava a ver uma competição deste desporto que tinha começado a praticar fazia 2 anos. Nesse verão apareceram as primeiras revistas de surf nacionais SurfMagazine e SurfPortugal, até então apenas a Fluir e a Visual Esportivo (ambas brasileiras) se conseguiam encontrar nas prateleiras das papelarias. E assim os melhores surfistas nacionais começavam a ser conhecidos. Reconheci alguns e fiquei a ver do pontão. Creio que posso dizer que estava a ver pela primeira vez surf de alta qualidade, visto que na TV não passava nada e internet ainda estava para vir. Uma senhora de grande porte chamou-me a atenção. Percebi que era estrangeira e tinha montes de autocolantes na prancha. Quem ganhou foi o Gonçalo Lopes AKA Ratinho que terminou a final com um floater animal daqueles que cais dentro da espuma, desapareces e voltas a aparecer 2 segundos depois quando toda a gente pensa que já foste (ele deve-se lembrar bem)! Curiosamente, no nº 2 da SurfMagazine (Set/Out 1987), apareceu a reportagem deste campeonato, e descobri que a senhora que eu tinha visto era nada mais nada menos que Pam Buridge, sul Africana que viria a ser campeã do mundo em 1990, tendo passado por Ribeira d’Ilhas no Buondi Pro 90, bem mas essa é outra história!

 

 

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