
Italo Ferreira e Jadson André já aterraram em Portugal e iniciaram treinos em Supertubos
A próxima paragem do Tour, o Meo Pro Portugal, será de 3 a 13 de Março.
De água e clima quente, onde decorreram as duas primeiras etapas do Circuito Mundial, migraram para o frio do inverno português, mas com a língua estão familiarizados. Italo Ferreira e Jadson André já fizeram saber através das suas redes sociais que se encontram em Supertubos, palco da terceira etapa do Tour.
Por lá encontraram ainda Clay Marzo que participou no passado sábado no Capítulo Perfeito. As ondas partilhadas publicamente faziam-se sempre acompanhar de legendas que remetiam para as temperaturas abaixo daquilo a que estavam habituados. “Frio hoje tá de boa” escreveu ironicamente Jadson André.
Nas últimas duas etapas do campeonato mundial que aconteceram em solo português, precisamente na onda tubular de Supertubos, em 2019 e 2018, foi Italo Ferreira quem saiu vitorioso. Jonh Jonh Florence, venceu em 2016 e, no ano anterior, foi a vez de Filipe Toledo. Em 2010, Kelly Slater levou a taça para casa.
De acordo com o 11x campeão mundial de surf, esta é uma onda difícil. “Se estiver um mar muito grande, há muita pressão de água e a onda rebenta muito próximo da areia. Isto pode arruinar o sítio onde achas que deves ficar”, disse na série da WSL “Vision”, lançada há 2 anos. Acrescentando que se torna difícil escapar ao adversário durante a bateria.
Filipe Toledo, Gabriel Medina e Jordy Smith foram apontados na altura por Kelly Slater como atletas que dão o espetáculo que se espera ver em Supertubos, isto porque “o fator decisivo da onda são os tubos e os aéreos”. Será que a opinião ainda se mantém? Com Gabriel Medina fora da jogada, poderá ser esta a etapa que fará Filipe Toledo conquistar as atenções nesta temporada? Ou serão os rookies novamente a dar espetáculo e pôr em causa o assento dos veteranos no Tour?
Kanoa Igarashi realçou que embora seja um beach-break, há um pico definido. Compartilhou ainda a mesma opinião de Slater, salientando que é uma onda difícil de competir, ainda assim é também uma das mais valiosas no Tour.
Nesse mesmo episódio “Vision”, a propósito de Supertubos, Coco Ho, que em tempos já teve um lugar no Tour, chegou a dizer que quando está perfeito faz lembrar Pipeline mas com fundo de areia, onde a direita pode assemelhar-se a Backdoor e onde os wipeouts não escapam à intensidade da onda. “Fundos de areia podem parecer uma versão mais segura mas são manhosos, não te cortas mas és esmagado da mesma forma”, declarou.
Quando se fala no crowd português que assiste ao campeonato, este é sempre exaltado com grande furor. “É difícil explicar a quantidade de energia que existe no crowd português”, disse Kanoa Igarashi.
Num artigo publicado no portal de notícia Stab, aquando do aniversário dos 50 anos de Kelly Slater, Ryan Miller, já tinha concordado com Kanoa. “Os fãs saem em força no Brasil e em Fraça mas é esporádico. Em Portugal, eles vêm com força sempre. Faça chuva, faça sol, quer seja no primeiro round ou no dia das finais, eles estão lá em massa. É super inspirador assistir”.
Ainda não foram expostos pela WSL os confrontos das baterias em Supertubos, nem distribuídos os wildcards. Questão esta que foi levantada pelo português Guilherme Fonseca sobre a falta de convite de um local de Supertubos para participar na etapa. Sabe-se de ante-mão que Caio Ibelli está confimado para o Meo Pro Portugal e Barron Mamiya, vencedor da última etapa também comparecerá.
Assista em direto ao Beach Cam da SurfTotal em Supertubos
Story publicada em fevereiro de 2022 pelo 11x Campeão Mundial, Kelly Slater