Jack Freestone, que fará parte do CT este ano, a investir na Villager. Jack Freestone, que fará parte do CT este ano, a investir na Villager. Foto: WSL/Masurel terça-feira, 09 fevereiro 2016 13:43

AS NEGOCIATAS DA PROZADA DO SURF

Há uma nova moda entre os surfistas profissionais. Chama-se investimento em setores ou marcas paralelas... 

 

É bem verdade que nos tempos que correm (leia-se de economia instável um pouco por todo o lado) nem todos os surfistas profissionais conseguem ter uma carreira estável e viver única e exclusivamente do surf. A divisão dos dólares feita pelas marcas nem sempre é a mais lógica e isso tem levado a que muitos surfistas tenham dificuldade em fazer o que sempre sonharam. Para muitos, trata-se até de sobrevivência a fazer o que mais gostam na vida. 

 

No entanto, parece haver uma nova moda entre os surfistas profissionais que ganham minimamente bem e se destacam no mercado onde estão inseridos. Chama-se investimento. Investimento na criação de marcas endémicas e não endémicas. 

 

A mais recente novidade neste campo fica por conta da Villager, uma marca de roupa que está para ser lançada na primavera e conta com o investimento de Pat, Dane e Tanner Gudauskas, bem como de Jack Freestone, Taj Burrow, Taylor Knox, Todd Richards e Laura Enever. Os skaters Paul Rodriguez, Mikey Taylor, Guy Mariano e Andrew Reynolds também estao envolvidos no projeto. 

 

Quatro conhecidos surfistas australianos também se uniram num negócio de cerveja artesanal que dá pelo nome de Balter Brewing. Joel Parkinson, Mick Fanning, Bede Durbidge e Josh Kerr são os nomes a ter em conta e o lançamento deve acontecer logo após o CT da Gold Coast. A união dos quatro surfistas, que fazem parte do World Tour da World Surf League, deu-se, segundo consta, devido ao facto de serem genuínos apreciadores de cerveja.

 

E a verdade é que o surf não dura para sempre, a carreira por vezes pode ser mais curta que o desejado, e a aposta em negócios paralelos é cada vez mais garantia de um rendimento futuro. 

 

Se há quem lute para ter patrocínios no mundo do surf, outros há que se enquadram neste exemplo e tentam multiplicar os milhões que auferem anualmente. E olhem que não se trata apenas de Kelly Slater que adquiriu recentemente uma parte da Firewire Surfboards/Slater Designs, investiu na KS Wave Company e dá a cara pela Outerknown. 

 

Adrian Buchan lançou há relativamente pouco tempo um livro para crianças, enquanto Taj Burrow investiu num restaurante de comida saudável. Mas há mais. O havaiano Shane Dorian é sócio de uma companhia de cremes de proteção solar e o ex-campeão mundial de ondas grandes, o sul-africano Grant Baker, é dono de um bar em plena zona central da Cidade do Cabo. 

 

O carismático Luke Egan, que em tempos competiu na World Surf League, detém uma série de terrenos pelo mundo onde tem vindo a construir a sua própria cadeia de hotéis. Já Dane Reynolds, que se separou da Quiksilver em novembro, deve lançar a sua própria marca um destes dias que contará, diz-se, com fortes influências do mundo do surf, skate, música e design. 

 

Estes são apenas alguns exemplos, mas que ajudam a perceber que alguns surfistas são efetivamente como as ondas do mar. Isto é, não gostam de estar parados! 

 

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Texto: AF

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