NADADORES SALVADORES E SURFISTAS UNIDOS POR UMA CAUSA

"Surf Salva" foi apresentado ontem. A SurfTotal esteve lá.

 

Arrancaram ontem, 19 de junho, na praia de Carcavelos, as ações de formação “Surf Salva” para surfistas sobre salvamento e suporte básico de vida a banhistas, resultado de uma parceria entre o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e o Lidl Portugal. O objetivo deste projeto é reduzir o número de afogamentos e ensinar os surfistas que estão todos os dias nas praias, em conjunto com os nadadores salvadores ou sozinhos, a salvar vidas, assegurando em conjunto praias mais seguras.

 

O projeto “Surf Salva”, composto por duas fases, surge numa altura que se prevê uma época balnear complicada em termos de vigilância e salvamento marítimo, uma vez que os temporais de inverno provocaram grandes alterações no mar. A primeira fase de formação decorreu em março deste ano. Esta formação incluiu a participação do Instituto Hidrográfico sobre o tema de análise das condições adequadas à prática de surf, e uma palestra da esquadra de helicópteros 751 sobre a forma correta de agir em caso de arrastamento e exemplos práticos na praia.  

 

A segunda etapa do projeto arrancou ontem com a 1ª formação “Surf Salva” e que decorrerá durante todo o verão, de forma itinerante, num período em que existe uma maior participação no Surf e maior afinidade com o tema, através de ações de sensibilização e formação aos alunos de escolas de surf, bem como aos praticantes de surf e bodyboard. A SurfTotal esteve no local e falou com o comandante do ISN Mário Pinto sobre o projeto.

 

Como nasce este "Surf Salva"?

O projeto surge no Brasil pela quantidade banhistas e surfistas que o próprio país tem. Nós [ISN] através de um protocolo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático conseguimos, com o apoio do Lidl, trazer para Portugal esta ação que é pioneira na Europa. O objetivo é tentar vocacionar os nossos surfistas para a prática de salvamento se for necessário. Todos nós sabemos que os surfistas estão na água de inverno e de verão, em praias vigiadas e não vigiadas, e como lá estão, chegam primeiro às pessoas quando elas necessitam. E todos nós conhecemos surfistas que já fizeram salvamentos. 

 

Como tem sido a reação dos surfistas ao projeto?

Tem superado a nossa expectativa, falámos com a Federação Portuguesa de Surf (FPS) e escolas e foi ótimo. Todos temos conhecidos e amigos que fazem pratica de surf, tenho amigos que já me vieram falar do projeto e queriam saber mais. E fiquei agradavelmente surpreendido pela forma tão rápida como o projeto foi conhecido. Também contámos com o apoio da própria capitania, e da FPS. Na primeira formação às escolas, em março, compareceram 60 de todo o pais. Entretanto agora sim começamos a campanha itinerante com cerca de 50 ações ao longo da Costa.

 

Como estamos em termos de mortalidade nas praias portuguesas?

Somos dos países com menos mortalidade a nível mundial per capita. No ano passado, morreram infelizmente 12 pessoas, 2 em praias vigiadas e 10 em praias não vigiadas. E por isso mesmo alertamos as pessoas para frequentar praias vigiadas, cumprir as regras de bandeiras e as recomendações dos nadadores salvadores. Ter os surfistas também envolvidos só pode ajudar! 

 

 

 

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