SURFISTAS PROFISSIONAIS ESCOLHEM PENICHE PARA SE TATUAR

A G3 Surfshop já é paragem obrigatória de alguns surfistas profissionais.

 

Que Peniche já é paragem obrigatória do campeonato mundial de surf em outubro, já todos sabemos. Mas há um espaço em particular nesta cidade que tem atraído alguns surfistas – uns mais que outros. A loja e espaço de tatuagens G3 Surfshop, em Peniche, voltou a receber este ano Raoni Monteiro para mais uma vez deixar uma marca da mão portuguesa no seu corpo.

 

O conceito já conta com seis anos enquanto loja de roupa e produtos relacionados com surf, mas há cerca de ano e meio, as tatuagens começaram a fazer parte integrante deste projecto, com o trabalho do artista e tatuador Alexandre Antunes.

 

“Este ano tivemos cá o Raoni Monteiro que veio fazer um cover up, uma black rose [rosa negra] no pescoço. É a peça mais preponderante que tem nessa zona. O ano passado fez o nome da filha na mão. Ela tinha acabado de nascer. E de ambas as vezes foi surfar no dia a seguir. O Raoni é um fighter, uma força da natureza”, começa por dizer Nuno Nico, responsável pela G3 Surfshop.

 

Mas Raoni não foi sozinho até à G3 Surfshop. Desta vez, levou Heitor Alves. Também ele queria tatuar. “Os brasileiros são extremamente religiosos, e isso nota-se especialmente nas tattoos, com conteúdo roots, que não são ‘roots rasta’ mas ‘roots family’, e por isso está de mãos dadas com a religião. O Heitor queria fazer algo do género nas costelas mas teve de voltar ao Brasil e não fez na altura. De qualquer forma já tem tudo preparado para fazer quando cá voltar!”, diz Nuno.

 

Heitor pode não ter sido tatuado ainda, mas acabou por deixar a sua marca na G3 Surfshop. “O Alexandre costuma ter sempre com ele a guitarra, e então enquanto ele estava a tatuar o Raoni, estávamos a ouvir Gary Clark Jr. Então o Heitor agarra na guitarra e começa a tocar. Era uma guitarra portuguesa. Mas acho que ele nem sabia, e pensava que era um bandolim. Então já estava na dele, afinou a guitarra e começou a brincar!”, conta Nuno.

 

Mas nem só de tatuagens se faz esta loja. Como vende produtos de surf, recebe claro, muitos surfistas. “Há 4 anos, o Taj Burrow veio cá comprar wax. Eu ofereci-lhe a barra e uns dias depois apareceu aqui de novo. Vinha trazer-me uma prancha dele, que tinha partido durante o round 2”, recorda.

 

Além de surfistas profissionais o espaço recebe também muitos outros visitantes que estão envolvidos no campeonato. E não só. “Durante todo o verão tivemos clientes que passavam nem que fosse só para tatuar o nome ‘Baleal’ ou uma pequena onda. São turistas que, se vão a um sítio de que gostam ou que lhes diz algo, ‘riscam’ algo e saem daqui com uma tattoo”, conclui Nuno Nico.

Patrícia Tadeia

 

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