John Malmqvist: "Apercebi-me que a maioria dos surf camps serviam o mesmo mercado"

John Malmqvist, responsável pelo Surfers Lodge, no Baleal, em entrevista exclusiva.

 

Estivemos à conversa com John Malmqvist, um surfista e empreendedor sueco, responsável pelo Surfers Lodge, situado em Peniche. Uma aposta forte, num empreendimento que procura oferecer aos seus clientes um serviço de alta qualidade, com especial relevo para as instalações e aulas de surf personalizadas.

 

De onde és e quando foi a primeira vez que vieste a Peniche?
Sou de Estocolmo, na Suécia. Comecei a vir cá há uns 10 anos.

 

O surf mudou a tua vida pessoal e profissional?
Mudou e muito. Praticamente só trabalhei com surf a minha vida toda. Criei a primeira marca de surf sueca, juntamente com uns amigos, poucos anos antes de me mudar para cá. Chamava-se NORD e fazíamos roupa e pranchas de surf. Na realidade as pranchas até era produzidas na Ericeira. O surf é tudo o que sei e não me consigo imaginar a trabalhar em nada mais.

 

Começaste a surfar no teu país ou apenas quando chegaste a Portugal?
A primeira vez que surfei foi na Califórnia, em 1996, mas comecei mais a sério quando fui para a Bond University na Gold Coast australiana, uns anos depois.

 

O que levou a abrir um albergue de surf? Quantas pessoas lá trabalha e qual foi o investimento?
A ideia surgiu quando trabalhava num surf camp na Ericeira. Apercebi-me que a maioria dos surf camps serviam o mesmo mercado: pessoas novas que querem aprender a surfar. Notei que existiam pessoas mais velhas a gostar de surf mas que desejavam melhores acomodações, comida e mais aulas de surf individuais. Neste momento temos cerca de 30 empregados e investimos cerca de dois milhões de euros. A maior parte vem do QREN - que no fundo é um empréstimo da União Europeia para estimular o turismo em Portugal.

 

As pessoas que procuram o albergue são maioritariamente portuguesas ou estrangeiras?
Diria que 95% dos nossos hóspedes são estrangeiros. Todavia, no restaurante é diferente, temos mais clientes portugueses.

 

Qual é a tua filosofia de vida neste momento?
Tentar aproveitar todos os dias e trabalhar com a minha paixão. Dessa forma nem parece trabalho. 

 

Por: Bernardo Seabra 

Itens relacionados

Perfil em destaque

Scroll To Top