Um relatório publicado esta semana na Nature Sustainability mostra que 30 a 50% da água está a ser obtida ilegalmente, principalmente por usuários agrícolas, que respondem por aproximadamente 70% do uso global.

Isto pode significar obter gratuitamente água tratada que deve ser paga ou obter água de formas que vão contra as diretrizes ambientais.

Há algum debate sobre o que pode ser considerado roubo de água - ou mesmo se tal existe, já que a água é um recurso natural ao qual todos nós temos acesso, como refere a Science Alert, mas a equipa analisou três estudos de caso separados envolvendo o uso impróprio de água: cultivo de marijuana na Califórnia, morangos na Espanha e algodão na Austrália.

Todas as três atividades são intensivas em água e todos os três estudos de caso mostram os efeitos das demandas do mercado sobre o roubo de água - roubar água é simplesmente muito lucrativo, na maioria das vezes, e certamente mais lucrativo do que seguir as regulamentações ambientais.

A incerteza sobre o abastecimento de água, causada tanto por ações humanas quanto por variações naturais nas chuvas, também é uma das principais causas do roubo de água.

Segundo o estudo, estes roubos acontecem devido ao facto de o valor deste recurso natural não estar a ser avaliado nem as ações ilegais estarem a ser punidas sugerindo que, embora indivíduos e empresas possam ser responsáveis pelo ato de roubo, o fenómeno reflete uma falha sistemática de soluções (políticas, jurídicas, institucionais e assim por diante).

Além disso, quando os reguladores não conseguem entender o valor da água, penalidades prescritas inadequadas aumentam o risco de roubo.