“Este é o melhor dia que alguma vez vi num Pipe Masters” diz Kelly Slater

Resumo do primeiro round do Billabong Pro Pipeline

 

O primeiro dia da primeira etapa do Tour começou em grande, literalmente. Preenchido com grandes tubos e grandes scores nomeadamente para Jack Robinson, Barron Mamiya e Jonh Jonh Florence.

 

 

Não foi a primeira fez que Barron Mamiya mostrou que domina a onda de Pipeline num evento de CT mas, para todos aqueles que se tinham esquecido, o wildcard fez questão de reavivar a memória. Mamiya protagonizou aquilo que foi um grande espetáculo e deixou a fasquia elevada. Desapareceu por duas vezes da imagem, voltando a surgir expulso pelo bafo da onda tubular. “Sem mãos, sem agarrar o rail, profundo e veloz”, foi assim que os comentadores descreveram as suas ondas que resultou em duas notas na casa dos 8 pontos.

Jack Robinson seguiu-lhe as pisadas e foi autor do melhor score do primeiro dia de evento, conquistando um somatório total de 18.67 pontos, em 20 possíveis. A melhor onda roçou a perfeição alcançando um 9.50 pontos num tubo que o cuspiu para fora e deixou o público incrédulo. No mesmo heat, Kelly Slater priorizou backdoor conquistando um 8.00 pontos nos primeiros minutos de heat e um 8.57 no último minuto do fim, de forma a não dar hipótese ao peruano Lucca Mesinas de virar a bateria.

 

 

Slater e Robinson após um heat emocionante em que o rookie Australiano fez a melhor pontuação da ronda 1.

 

E se é de altas notas que se fala, o nome de Jonh Jonh Florence tem de estar associado. O seu heat, onde confrontou os brasileiros João Chianca e Jadson André, foi caracterizado pelo ritmo ativo de ondas apanhadas e pelos dois wipe-outs de Jadson que o forçaram a sair faltando 10 minutos para terminar a prova. Até metade da bateria, João Chianca, que se estreia no CT este ano, esteve na liderança. Depois disso foi vê-lo numa disputa renhida para recuperar o posto que Jonh Jonh lhe tinha tirado. Embora tenha estado à altura, Jonh Jonh soube controlar a sua velocidade e garantiu o seu lugar com um tubo onde tudo indicava que estava prestes a sair mas fez mais uma secção extra que ele agarrou, conferindo-lhe o segundo melhor score do dia: 17.13 pontos.

 

 

O heat inaugural destacou o australiano Owen Wright que logo no primeiro minuto arrancou aos juízes um 7 pontos. Um tubo comprido escolheu o australiano e este não desperdiçou a generosidade de Pipe. Posteriormente somou com a segunda onda mais 6.17 pontos sobrepondo-se acima de Ezekiel Lau e impedindo Jordy Smith de avançar para o 3º round sem primeiro passar pela fase da repescagem.

Quem também surpreendeu mas por outros motivos foi o local Ivan Florence que se limitou a fazer uma onda na sua bateria, classificada com 0.23 pontos, não conseguindo por isso livrar-se das eliminatórias. No seu heat acompanhava-o Filipe Toledo e Samuel Pupo. Em qualquer outra etapa, a onda de Toledo, onde um aéreo emergiu seguido de um tubo teria resultado numa pontuação elevada mas em Pipe os critérios são diferentes e espera-se ver um grande drop e um grande tubo, em grande velocidade e de preferência sem mãos para largar a grande nota, pelo que a melhor nota do brasileiro foi um 4.50 pontos.

As condições do mar também foram sendo visivelmente modificadas com as alterações da maré e maior força do vento.

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