John John Florence John John Florence WSL / Hughes quinta-feira, 16 novembro 2023 15:29

"Seria incrível que a Final do CT fosse em Pipeline em vez de Trestles", diz John John Florence

John John Florence expõe os seus argumentos. 

 

 

As mudanças no formato competitivo que se viram nos últimos anos, não só no CT, mas em todos os circuitos da WSL, dividiram opiniões. Entre todas as novidades, umas das que mais deram que falar foram as relativas à etapa final do Championship Tour, onde são decididos os Campeões Mundiais. Não só o formato em si, em que apenas os atletas no top cinco competem e o vencedor da etapa leva o título, mas também o palco do evento que, por motivos contratuais, tem sido Trestles nos últimos anos e voltará a ser em 2024. 

Muitos argumentam que o local ideal para o evento mais importante do ano seria Pipeline. Era de esperar que John John Florence, lendário surfista do Havai, partilhasse dessa opinião. Em entrevista para a The Inertia, o atleta recordou a final disputada em Pipeline por Italo Ferreira e Gabriel Medina em 2019. "As ondas estavam muito boas e isso é o mais importante", comentou, acrescentando que "muitas pessoas devem concordar que a disputa pelo Título em Pipeline sempre foi muito interessante e captivante". 

Sobre a sua preferência, assegurou que considera a final em Trestles entusiasmante, pois "é uma onda muito boa", apenas "muito mais técnica". Lembrando que é uma questão de preferência pessoal, argumentou que está "mais interessado em ondas pesadas e de alto risco". Por isso, apesar de ver o mérito na final a ser disputada em Pipeline, considera que realizá-la em Pipeline levantaria a fasquia. "Nem tem que ser em Pipeline", adianta, "podia ser em qualquer onda de consequência". Mas, no fundo, tem preferência pela onda no quintal de sua casa, e admite que "seria incrível que a Final do CT fosse em Pipeline em vez de Trestles".

 

 

 

Florence é a favor do formato Final Five

 

Sobre o formato Final Five, Florence está do lado dos que aprovam a mudança. "Gosto muito da ideia porque no passado, quando eu ganhei os meus Títulos, ganhava quando estava na areia", explica. "É um pouco estranho". Recorda a sua vitória antecipada em Portugal, em 2016, dizendo que "foi ainda mais estranho". Quando chegou à última etapa do ano, em Pipeline, já com o título assegurado, pensou: "estou a fazer isto apenas para me divertir". Mesmo assim, recorda como gostou de surfar em Pipeline sem crowd e sem pressão. 

Na entrevista, John John Florence também comentou as mais recentes polémicas da WSL, como a saída do CEO Erik Logan e o descontentamento com o julgamento em algumas etapas do CT. Sobre o futuro do cargo de CEO na WSL, o surfista prefere não opinar a não ser que a WSL peça a sua opinião. Sobre o julgamento, a sua impressão foi que "houve muito mais conflito com o julgamento este ano". No entanto, considera que é um tema complicado, lembrando que "os juízes são humanos" e que têm "um trabalho muito difícil e com muita pressão". "O julgamento nunca será perfeito", conclui. 

Para finalizar a entrevista, Florence falou sobre o seu futuro competitivo, e confessou que a competição, "principalmente no novo formato", não encaixa com a sua personalidade. "Vou continuar a competir enquanto sentir que posso vencer e enquanto me estiver a divertir", afirmou. Não tem planos específicos para se reformar: "estou a levar um ano de cada vez". 

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