O surfista brasileiro Caio Ibelli anunciou oficialmente a sua desistência do Challenger Series 2025, alegando dificuldades financeiras para continuar a competir ao mais alto nível. Com nove temporadas no Championship Tour (CT) da WSL e um histórico respeitável, Ibelli revelou nas suas redes sociais que não pretende investir cerca de 100 mil reais (aproximadamente 18 mil euros) para tentar uma requalificação.

"Ser surfista profissional é poder viver do surf. Hoje, com 31 anos, não posso colocar o meu futuro em risco para investir em algo tão incerto", escreveu. O surfista lamentou a falta de apoio financeiro num desporto que é hoje olímpico e onde o Brasil se destaca a nível mundial. "Acho errado pagar para trabalhar", acrescentou.

A situação de Ibelli não é única. Surfistas como Peterson Crisanto e Michael Rodrigues também revelaram recentemente as suas dificuldades para suportar os custos de participação no circuito Challenger Series, enquanto Mateus Herdy compete em eventos nacionais para tentar financiar a sua carreira internacional.

A declaração de Caio Ibelli levanta questões sobre a sustentabilidade financeira do percurso competitivo dentro da WSL e reacende o debate sobre a falta de apoio institucional e privado para atletas fora da elite.