O Campeonato Luso Galaico esteve de volta a Viana do Castelo para a sua 19.º edição. Organizado pelo Surf Clube de Viana, homologado pela Federação Portuguesa de Surf e pela Federación Galega de Surf, este é já um clássico do surf ibérico.

1.º dia de Competição

Com mais de 80 inscritos nas modalidades de surf, bodyboard e longboard, o campeonato arrancou no sábado, colocando dentro de água atletas lusos e galegos.

A categoria de Surf Open inaugurou o dia, prolongando-se tarde adentro. As condições de mar estiveram excelentes, com ondas de 1m/1,5m, com vento offshore, e os atletas não desiludiram. Destaque para o galego, Baja Malvar que com 8.17 pontos fez a melhor onda do dia na categoria.

Nas palavras de Juan Ramón um dos jurados da Federação Galega da prova, “a organização esteve muito bem, tomam decisões corretas calmamente. Boa organização, bons surfistas, boas ondas”. 

Durante este evento exemplar de cooperação territorial, a Seleção Júnior da Galiza e vários atletas de clubes do Norte de Portugal estão em estágio no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo, sede do SCV, que organiza o evento.

2.º dia de competição

O segundo dia de competição deste clássico do surf ibérico, dividiu-se pela Praia da Arda, que acolheu as competições de Surf Open e Bodyboard Open, e pela praia do Cabedelo, que recebeu também as provas de Longboard, e de Surf Feminino.

O campeonato teve como base logística o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo [CAR], sede do Surf Clube de Viana, que organiza o evento.

Com ondas a rondar 2m de altura pela praia da Arda, Bodyboard Open foi a primeira categoria a entrar dentro de água. Após ter estado "On Hold" por algumas horas, a competição retomou em força, para as meias-finais e finais, já na Praia do Cabedelo. 

No Surf Open, Henrique Menezes levou o título para casa. "Gostei do campeonato. As ondas no primeiro dia estiveram ótimas, no segundo dia esteve um bocado mais complicado. A organização esteve boa, tentaram fazer o máximo possível para ter os melhores calls e acho que, de certa forma conseguiram fazê-lo. (…)Estou feliz por ter sido o campeão, como é óbvio. Não estava à espera, vim de forma mais relaxada e descontraída e acabei por ganhar, o que foi bom", disse o campeão da categoria. O 2º lugar foi alcançado por José Brushy, seguido de Miguel Perez e Martin Cartijo.

O destaque da categoria de surf, no feminino, foi para a jovem galega Martina Fernandez, que venceu a categoria. "O campeonato esteve muito bem organizado, ondas muito boas.(…) Diverti-me muito que é o mais importante", revelou a surfista. Seguiu-se no pódio Cristina Rey, Alba Love, e Raquel Vale, atleta de 14 anos do SCV, e a única portuguesa a chegar ao pódio. 

Com apenas um heat, a vitória da competição de Longboard foi para Eduardo Martins, seguido de Edgar Afonso, Tó Mané, e Paulo Bitera. “O campeonato estava muito bom. São 19 anos em que este clube organiza um campeonato interruptamente, o que é um feito inédito. É o campeonato ibérico mais antigo e acho que esteve bom. As ondas estiveram no limite, a desafiar os competidores, mas penso que toda a gente se portou bem, e a organização e parte técnica acho que decidiram muito bem mediante as situações em que estavam", disse o vencedor. 

Até 2018!