Martim Paulino sagra-se Campeão Nacional Esperanças Sub 16

Prova começou na Linha do Estoril e terminou na Costa da Caparica..

Semana intensa, cheia de atividades e campeonatos no Estoril Surf Festival. Na segunda feira chegou a comitiva Açoriana, que ao abrigo do projeto “Ondas de Magia” estagiou durante uma semana nas ondas de Cascais. Para além dos treinos dentro e fora de água, realizaram-se visitas a fábricas de pranchas, museus e locais de interesse na na região.

Troféu Cascais e final Ondas de Magia 2019:
Sexta feira, com o mar pesado e perfeito, foi realizada a primeira etapa do Troféu Cascais, destinado aos alunos das escolas de Cascais. Com boas performances, os vencedores foram Francisco Mittermayer (Iniciados), Maria Chaves (Feminino) e Miguel Kilford (Juvenis) tendo estes ainda realizado a final Ondas de Magia contra os melhores alunos Açorianos dos 3 escalões. Francisco e Maria Chaves (Cascais) venceram Sara Nunes e Martim Nunes (Açores) e Diogo Viegas (Açores) derrotou um exausto Miguel Kilford (Cascais).

 

Campeonato Nacional de Surf Esperanças Sub 16:
Durante o dia de Sábado a principal prova aconteceu,  o Nacional de Surf Esperanças Sub 16, este prometia muito e bom Surf e as expectativas acabaram por se confirmar. Logo na primeira ronda destacaram-se Martim Nunes, com a melhor onda desta fase (8.50 pontos em 10 pontos possíveis) e Martim Paulino com duas ondas muito boas (7.50 e 7.35 pontos em 10 pontos possíveis) demonstrando que estavam num grande momento de forma. O Bico, na praia de S. Pedro do Estoril, permitia aos atletas com melhor leitura de onda a passagem direta para a terceira ronda. A escolha de ondas provocou várias surpresas colocando atletas com aspirações ao título sob pressão, na repescagem. Foi o que aconteceu ao Daniel Nobrega, Francisco Ordonhas, Bruno Marçal, João Crespo e Lourenço Sousa que apertados pela situação puxaram dos galões e ultrapassaram as dificuldades com distinção e com combinações de notas (duas melhores ondas) acima dos 10 pontos.

Com a maré a encher, a organização alterou a estrutura para a praia da Bafureira e as baterias da ronda 3 foram todas realizadas. Martim Nunes realizou as duas melhores ondas desta fase (8.50 e 8 pontos) com um surf muito fluido combinando manobras de risco elevado com velocidade. Rodrigo Chaves e José Maria Ribeiro também aproveitaram bem a ondulação que entrava com consistência e aplicaram boas manobras que lhes deram passagem à 4ª ronda. Na última bateria do dia qualificou-se o Açoriano, Francisco Benjamim que passou a ser o único representante das ilhas nesta prova.


O dia de Domingo nasceu sem ondas na linha do Estoril, como as previsões dos vários sites indicavam há já alguns dias. Com o esforço da organização e a colaboração do Miguel Gomes (presidente da ASCC) o campeonato foi transferido para a Costa de Caparica e desta forma, conseguiu-se dar a todos os atletas boas condições para a disputa do título nacional, evitando o adiamento e as consequentes dificuldades causadas. Nesta fase, o grande destaque foi todo para o Martim Paulino que com duas ondas excelentes (9 e 8 pontos em 10 possíveis) colocou a fasquia bem alta e marcou o melhor score combinado do campeonato com um total de 17 pontos em 20 possíveis. Francisco Ordonhas, Daniel Nobrega e Rodrigo Chaves foram os atletas que mais lutaram por uma vaga na fase Man on Man mas perderam por margens pequenas e despediram-se do campeonato. A entrada na água da ronda 5 (1/4 final man on man) facilitou o trabalho dos juízes e dos atletas porque a disputa é a dois e há menos ondas para avaliar. No entanto, o nível nesta fase é cada vez mais elevado e equiparado o que faz com que pequenos pormenores nas técnicas utilizadas, no local da onda onde são realizadas ou a própria onda escolhida façam a diferença e permitam a vitória.

Francisco Queimado, Bruno Marçal e José Maria Ribeiro não conseguiram contrariar as melhores prestações dos seus adversários e terminaram num honroso 5º lugar. A única bateria discutível foi disputada entre o novo campeão, Martim Paulino e o Lourenço Sousa. Numa altura em que o mar teve uma quebra, nenhum dos atletas conseguiu realizar ondas com boas notas e a expectativa foi crescendo com o tempo a esgotar-se. Com menos de cinco minutos para o final, Lourenço apanhou uma onda que trabalhou até à praia colocando todos o público em suspense. A nota, embora confirmando a onda como a melhor da bateria, não era suficiente para dar a volta ao resultado e até ao final foram poucas as oportunidades para realizar o back up necessário. Martim na única bateria de todo o campeonato em que não conseguiu colocar o seu Surf teve aquilo a que todos chamam “sorte de campeão” e que é essencial na obtenção dos resultados. As meias finais, confirmaram o percurso consistente do Martim Nunes e Martim Paulino que com ondas próximas da excelência eliminaram João Crespo e Martim Ferreira terminando estes dois últimos em 3º lugar.

Chegados à final a certeza era de que Martim ganhava. Paulino começou muito forte e tomou a dianteira, mas a resposta veio logo a seguir, com o Martim Nunes a aplicar o seu backside de forma sublime realizando a melhor onda até àquele momento (7.25 pontos em 10 possíveis). Com diferenças muito pequenas nas pontuações das melhores ondas o suspense manteve-se até ao final da bateria, onde o Martim Paulino selou a sua vitória com a melhor nota da final numa onda que lhe valeu 7.60 pontos em 10 possíveis. Foi fantástico assistirmos a uma final com um nível técnico tão elevado e onde o título poderia ter "caído" para qualquer um dos atletas. 

Martim Paulino emocionado “Estou sem palavras, mas é muito bom terminar esta época com o título de campeão Nacional, é uma sensação incrível”

Martim Nunes na entrega de prémios “Foi uma final muito disputada, fica um sabor amargo, mas estou contente por ser vice-campeão”

João Ferreira do Surfing Clube de Portugal “Como prevíamos, foi um campeonato difícil de gerir. Foi disputado em três praias diferentes, com calls muito assertivos e com um trabalho fenomenal de todo o staff do clube. Queria aqui agradecer ao Miguel Gomes que nos permitiu transferir a prova para a Caparica e poder desta forma dar as melhores condições a todos os atletas”   

  • Créditos fotos: Vídeo por Fly My Drone Produções

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