Foto: Athit Perawongmetha Foto: Athit Perawongmetha segunda-feira, 23 março 2020 13:07

COP pede a Thomas Bach rapidez no anúncio do adiamento dos Jogos Olimpicos 2020

Em causa estão os riscos que os treinos dos atletas representam para a saúde pública.

 

O Comité Olímpico de Portugal (COP) enviou esta segunda-feira uma carta ao Presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, a solicitar que “rapidamente possa anunciar ao mundo uma solução de adiamento que tranquilize os atletas e as organizações desportivas”, permitindo a realização dos Jogos Olímpicos “em paz e segurança para todos.”

 

 

"esta solicitação comporta um risco elevado

e envolve uma inequívoca pressão sobre os atletas"

 

 

 

Na semana passada, o COI pediu aos atletas, após a reunião com as Federações Internacionais, para que continuassem a fazer a sua preparação tendo em vista a participação nos Jogos Olímpicos. Na carta enviada a Thomas Bach, o COP defende que esta solicitação “comporta um risco elevado e envolve uma inequívoca pressão sobre os atletas, num momento em que as orientações generalizadas das autoridades de saúde mundiais insistem para a importância das pessoas ficarem em casa, resultando assim no fecho de todos os centros de treino.”

Esta atitude do COI, defende o COP, tem consequências mais alargadas que podem afetar a imagem e reputação do Movimento Olímpico. Nesse sentido, reafirma-se a necessidade de não “colocar a saúde e as vidas dos atletas em causa nesta batalha que devemos travar juntos e no mesmo sentido. Hoje, mais do que nunca na nossa história recente, impõem-se decisões firmes.”

O COP explica ter sido encontrado em Portugal um quadro legal que permite a atividade dos atletas em condições particulares, mas “o acesso aos centros de treino, ainda que permitido, na prática não se torna fácil, devido à multiplicidade de entidades gestoras destes espaços, quer municípios, quer privados, que não têm condições para assegurar esse funcionamento sem pôr em risco os seus colaboradores.”

Para além disso, a desigualdade nas condições de treino será sempre um problema de difícil resolução. “Há modalidades desportivas que, por força das suas condições de treino, envolvem elevados níveis de exposição ao risco, não sendo possível encontrar soluções de treino em segurança, de acordo com as orientações das autoridades de saúde, o que acentua ainda mais os desequilíbrios competitivos e de preparação de atletas gerados por esta situação sem precedentes”, pode ler-se na carta enviada pelo COP a Thomas Bach.

 

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