A costa vicentina está ameaçada. A costa vicentina está ameaçada. Foto: Jorge Santos terça-feira, 21 junho 2016 09:56

LISBOA RECEBE PROTESTO CONTRA EXPLORAÇÃO DE GÁS E PETRÓLEO

Manifestação tem lugar no próximo dia 22 de junho em frente ao Palácio de São Bento… 

 

O tema da pesquisa e prospeção de petróleo e gás natural no Algarve já foi falado pela Surftotal várias vezes. É um tema sensível que nem sempre gera unanimidade. No entanto, existem algumas razões para rejeitar a exploração de petróleo no Algarve. 

 

De acordo com várias organizações ambientais, os estudos públicos e consultados são claramente insuficientes. A legislação implica a entrega de enorme conjunto de documentação detalhada às autoridades competentes, a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, E. P. E., sendo indispensável conhecer se a mesma foi entregue e qual o conteúdo. 

 

Outra das razões é precisamente o facto da prospeção e exploração de hidrocarbonetos em Portugal não ser compatível com a política Europeia de Energia e Clima e o Acordo de Paris. A União Europeia adotou a economia de baixo carbono como visão para o futuro e prática corrente em todos os sectores da economia. Isto implica que a economia europeia transite para uma economia baseada em elevados níveis de eficiência energética e fontes renováveis, deixando de consumir combustíveis fósseis.

 

O Algarve passará, a prazo, de uma região eminentemente turística para uma região marcada pela petro-química. As operações previstas para a fase de prospeção e pesquisa, a concretizarem-se, trarão seguramente perturbações à atividade piscatória. Além de que existe uma clara sub-avaliação dos riscos de catástrofe ambiental e não foram salvaguardadas quaisquer contrapartidas para o Algarve (Não é conhecido, por exemplo, nenhum documento escrito que sustente com eficácia e transparência qualquer benefício para a região). 

 

Por último, o facto de saber que o risco, mesmo que diminuto, existe e não compensa. Um longo historial de acidentes, independentemente das tecnologias utilizadas, tem demonstrado um impacte potencial muito significativo e um risco permanente associado à exploração de hidrocarbonetos. 

 

Desta forma, a ASMAA (Algarve Surf and Marine Activities) convocou uma manifestação pacífica, em frente à Assembleia da República, no próximo dia 22 de junho (amanhã) contra a exploração de hidrocarbonetos no Algarve e em Portugal.

 

A manifestação irá decorrer em dois estágios, primeiramente em frente ao Palácio de São Bento pelas 12h00 e seguirá caminho até aos escritórios da DRGM na Av. Brasília. Vais faltar?

 

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