Brad Gerlach top 16 ASP nos anos 80. Vice-campeão mundial: Gerlach chegou muito perto do título, sendo vice-campeão do World Championship Tour (WCT) em 1991, quando ficou em 2º lugar no ranking da ASP (atual WSL) Brad Gerlach top 16 ASP nos anos 80. Vice-campeão mundial: Gerlach chegou muito perto do título, sendo vice-campeão do World Championship Tour (WCT) em 1991, quando ficou em 2º lugar no ranking da ASP (atual WSL) sexta-feira, 18 julho 2025 10:34

Surfing is Not a Sport: Brad Gerlach reacende debate sobre a essência do surf

 Uma das discussões mais sensíveis no mundo do surf...

 

"Não estou a dizer que todo o surf profissional é aborrecido... mas esquecem-se de uma coisa: os juízes não vão fazer ou desfazer a vossa carreira. Provavelmente nem gostam de vocês."
Brad Gerlach, lenda do surf mundial.

Nos últimos dias, um vídeo trouxe de volta uma das discussões mais sensíveis no mundo do surf: será o surf um desporto... ou é algo maior?

A frase provocadora de Brad Gerlach — "Surfing is Not a Sport" — pode soar herética num contexto em que o surf é olímpico, altamente profissionalizado e parte de uma indústria global milionária. Mas talvez seja precisamente por isso que tantas pessoas se tenham revisto nesta crítica crua e sincera.

A perda da alma?

Nos comentários ao vídeo, muitos surfistas — novos e antigos — expressaram a mesma inquietação: o surf está a perder alma. Tornou-se mais formatado, previsível, desenhado para agradar aos rankings e algoritmos — e menos fiel ao espírito livre que o definiu desde sempre.

*"Antigamente víamos um heat e reconhecíamos o surfista só pelo estilo. Hoje parecem todos clones, até nas entrevistas." 
*"Agora temos escolas de surf, piscinas artificiais e pranchas em produção massiva. A cultura desapareceu."

 

Entre a crítica e a nostalgia, emerge uma ideia comum: o surf está a ser engolido por uma lógica de performance, competição e lucro — afastando-se da sua essência mais pura, espiritual e rebelde.

 

" À medida que o surf se transforma em produto turístico e fenómeno global,

os picos ficam sobrelotados, e o respeito pelo mar e pelos outros dá lugar ao ego,

à pressa e à selfie..."

 

 

Surf como estilo de vida, não como competição

Para muitos, o surf nunca foi apenas um desporto. Foi (e ainda é, para alguns) um ritual, uma comunhão com o mar, uma prática de presença e liberdade.

*"Não sou um atleta. Sou um surfista." 

Esta visão recusa a ideia de que seja possível avaliar o surf de forma objetiva. Como comparar dois tubos diferentes, dois estilos únicos? O que vale mais: um aéreo progressivo ou um carve com flow e alma?

Pode o surf resistir à massificação?

Outro comentário lança uma provocação pertinente:

*"O surf nunca poderá ser uma atividade de consumo massivo. Quem acha que é surfista por ter feito meia dúzia de aulas por ano, não entendeu nada." — @974beavis

É uma opinião dura, mas que toca num ponto real: à medida que o surf se transforma em produto turístico e fenómeno global, os picos ficam sobrelotados, e o respeito pelo mar e pelos outros dá lugar ao ego, à pressa e à selfie.


E agora? Um convite à comunidade

Na Surftotal damos palco tanto à vertente competitiva como ao lifestyle do surf. Mas esta reflexão de Brad Gerlach — e das vozes que a ecoaram — leva-nos a uma questão essencial:

Estamos a perder algo? E se sim, o que podemos fazer para o preservar?

Convidamos todos os nossos leitores — surfistas de alma, competidores ou free surfers — a partilharem connosco a sua opinião:

O surf é um desporto? Ou continua a ser algo maior?
Sentes que se perdeu a essência?
O que mudou desde os teus primeiros dias na água?

 

Envia a tua resposta para Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou comenta nas nossas redes sociais. As melhores reflexões poderão ser incluídas numa futura publicação.

 

*reflexões partilhadas no vídeo 

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