YOLANDA SEQUEIRA: "QUERIA GANHAR UMA ETAPA AINDA ESTE ANO"

Estreou-se este ano na liga e já está em 5º lugar no ranking feminino.

 

Foi a grande surpresa da terceira etapa da Liga Moche, o Sumol Porto Pro. Tem apenas 15 anos, é o seu primeiro ano no circuito nacional de surf, e em apenas 3 etapas já está em 5º lugar no ranking. Na primeira paragem, na Costa da Caparica, a surfista do Algarve ficou em 9º lugar. Na Ericeira, em 13º. E agora, no Porto, foi à final, ficando em 4º. Yolanda Sequeira gosta de ouvir música, ver filmes e estar com os amigos, mas confessa ser uma miúda tímida. Do pai tem o nome Sequeira, mas da mãe o nome Hopkins. Tem dupla nacionalidade: portuguesa e inglesa. A SurfTotal foi conhecer melhor esta jovem atleta de Quarteira, e saber o que podemos esperar dela já no próximo mês, na etapa algarvia da Liga Moche! 

 

Deste que falar nesta última etapa da Liga Moche. Chegaste à final e deste luta a prova toda. Como resumes a tua participação no Sumol Porto Pro?

Acho que a minha prestação foi muito boa, mas acho que não cheguei a demonstrar o meu melhor surf... principalmente na final. Na final estive muito mal, não consegui encontrar-me, mas mesmo assim fiquei muito feliz porque o meu objetivo era só chegar à final e consegui.


Qual foi para ti o momento mais marcante da etapa?

Passar as meias-finais e aperceber-me que tinha chegado à final.


És de Quarteira, mas estudas em Portimão, certo? Como é o teu dia a dia? Que tempo reservas para o surf?

Eu sou de Quarteira, estudo e vivo cá... Mas estou na escola de surf em Portimão. Em Quarteira não há muitas vezes um bom swell mas quando há e é dia de semana utilizo a minha hora de almoço e quando acabo a escola para surfar.


Quais os melhores resultados que já tiveste até hoje?

Foi chegar à final da Liga Moche no Porto.


Com que idade começaste a surfar? Como é que o surf surgiu na tua vida?

Eu comecei a surfar com 8, quase 9 anos. Quando estava no 4º ano escolar, o meu professor de ginástica estava a fundar, com uns amigos, um clube de surf em Quarteira. Quando a minha irmã (que é 8 anos mais velha do que eu) descobriu quis entrar e eu entrei com ela.

Como é a tua relação com as restantes surfistas do campeonato? Tens amigas próximas? Com quem te dás melhor e porquê?

Não somos muito próximas, acho que é também porque eu sou um bocado tímida, a pessoa que me dou melhor é a Camilla [Kemp] porque sempre me falou e foi simpática desde que comecei a ir aos esperanças.


Quem são os teus ídolos no surf? Nacionais e Internacionais?

Nacional é o Vasco Ribeiro e Internacional é a Carissa Moore e o Taylor Knox.


Tens alguma superstição antes de entrar na água? Qual? E porquê?

Gosto beijar o meu colar e desejar-me boa sorte, e esperar que tenha sorte nas ondas que apanho para poder fazer o que eu faço melhor que é surfar.


Qual a tua manobra preferida e a tua praia preferida?

A minha manobra favorita é o tubo e a minha praia favorita é o Beliche em Sagres.


O que podemos esperar de ti na próxima etapa? Vais estar em casa...

Vou estar em casa por isso conheço o tipo de ondas e acho que, com essa vantagem, vou conseguir chegar um pouco mais acima do que o 4º lugar. Só espero não ficar tão nervosa... senão não consigo passar nenhum heat como já me aconteceu.


Quem achas que está a surfar melhor no campeonato feminino?

Acho que a Camilla [Kemp] e a Teresa [Bonvalot] estam a surfar muito bem, mas não consigo comparar porque têm estilos muito diferentes. E a Ana [Sarmento] também está a surfar muito bem e também foi por isso que foi tão difícil chegar a um lugar mais acima na final.


Conseguiste um 9º lugar, um 13º e agora um 4º na Liga Moche. Estás em 5º lugar no ranking! Como te sentes com isso? Até onde vais chegar? 

Estou muito feliz porque é o meu primeiro ano na Liga Moche, e acho que mesmo assim já cheguei bem longe. Curtia chegar mesmo ao topo e acho que consigo. Queria ganhar uma etapa ainda este ano... mas se não der está fixe na mesma. 

 

Patrícia Tadeia

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