"Se não fizesse Surf com certeza seria uma pessoa muito menos feliz" - Beatriz Costa

Conhece o novo perfil da semana da Surftotal. Chama-se Beatriz Costa e vem do Norte, da Praia da Baía em Espinho.

Beatriz Costa, local da praia da Baía em Espinho é uma atleta que tem vindo a dar que falar no free surf assim como nos mais diversos que tem participado. Vencedora destacada da ultima etapa do Groms Trophy na categoria feminina, Beatriz é hoje a nossa escolha para o perfil da semana. Lê a entrevista e percebe o que a Beatriz tem para nos dizer.

 

Nome? Beatriz Loureiro Costa

Idade? 17 anos

Praia local? Praia da Baía, em Espinho.

Estudos? Frequento o 12º ano em humanidades.

Anos de surf? Dei os primeiros passos com cerca de 8 anos, mas só comecei a praticar durante todo o ano quando tinha 14 anos.

Quiver? Alka surfboards, uma 5’7 e uma 5’8 (para mar mais pequeno).

Porque escolheste praticar surf? Praticamente fui criada na praia, sou apaixonada pelo mar e o surf dá-me uma liberdade inigualável. Gosto do facto de ser um desporto individual. É uma conjugação de fatores!

Pico preferido? Tenho dois. A direita do esporão, em Espinho e Ribeira d’Ilhas na Ericeira.

 

«It is our choises that show what we truly are, far more than our abilities» – Albus Dumbledore

 

Última surfada memorável? Tenho algumas em mente, mas a mais divertida foi a meio de agosto, em Espinho! Este verão dei aulas de surf, e um dia decidi pedir uma folga para surfar o dia todo. Nem sequer tinha visto as previsões… Na manhã seguinte cheguei à praia por volta das 9:00, estava vento off shore, um sol mesmo quente e altas ondas. Entrei sozinha e devo ter surfado umas 3 horas seguidas. Ia e vinha constantemente do pico (apesar do crowd), treinei manobras novas, ganhava imensa velocidade, tentei voar e diverti-me imenso. Saí do mar mesmo feliz!

Maior susto? Felizmente nunca apanhei grandes sustos. O pior foi há cerca de 3 anos, quando ainda não tinha muita experiência. Um dia de Inverno, com mar de 2 metros, decidi arriscar um pouco mais no outside e assim que lá cheguei levei com um set enorme (ou pelo menos na altura pareceu-me), que me arrastou quase até à costa. Que eu me lembre foi a minha primeira “máquina de lavar” a sério! Saí do mar, respirei um pouco e voltei a entrar, mais cautelosa.

Última viagem de sonho? Ainda não fiz a minha viagem de sonho. O mais próximo disso foi uma viagem feita em família ao Alentejo, este verão, onde pude surfar em novos spots com alguns amigos pro’s, que muito me ensinaram.

Competição ou free surf? Fazer free surf é o que mais amo, devido ao sentimento de liberdade e felicidade que me transmite. Não há nada melhor do que uma boa surfada, sem a responsabilidade de estar a ser observada. Porém, ultimamente, a competição tem feito parte da minha vida, e cada vez que entro na água com uma licra sinto muita adrenalina e desafiada, algo que adoro.

A frase favorita? «It is our choises that show what we truly are, far more than our abilities» – Albus Dumbledore

O melhor conselho que já recebeste? Controlar a ansiedade no momento do heat.

Como está o surf atualmente? No geral, em crescimento e com grande nível. Os atletas são cada vez mais novos e apresentam manobras cada vez mais progressivas. Em Portugal, o surf a sul está mais evoluído, mas o norte tem marcado grande presença a nível nacional e a tendência é para uma maior aproximação.

Se fosses um animal, qual serias? Porquê? Um golfinho! Porque cada vez que os vejo passar no mar sinto-me hipnotizada.

Quem é a tua grande inspiração a nível nacional e internacional? A nível nacional é a Carol Henrique e a Joana Andrade. A nível internacional Carissa Moore, Silvana Lima, Maya Gabeira e Filipe Toledo.

Se não fosses surfista, o que serias? Não faço a menor ideia, mas com certeza seria uma pessoa muito menos feliz.

Mensagem a deixar?  Um agradecimento à minha família, treinador, patrocinadores e todos aqueles que me têm apoiado. Acho que é importante deixar também uma palavra a todos os surfistas, tendo em conta que somos cada vez mais - Respeitem as pessoas que estão dentro de água, especialmente os mais novos e os que estão a aprender. O mar é de todos, ninguém tem o direito de expulsar pessoas do pico ou de não as deixar surfar. Estamos todos lá para o mesmo, não vale a pena criar conflitos desnecessários! Respeitem também o ambiente e vamos evitar deixar lixo em qualquer lugar que não sejam os adequados, porque de uma maneira ou de outra, tudo vai parar ao mar!

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