Dede Suryana a cruzar um cilindro num dos mais empolgantes eventos de sempre, o Mentawai Rip Curl. Dede Suryana a cruzar um cilindro num dos mais empolgantes eventos de sempre, o Mentawai Rip Curl. Foto: WSL quarta-feira, 03 agosto 2016 10:11

QUAL O FUTURO DOS CAMPEONATOS DE SURF?

Ultimamente temos visto dois pesos e medidas diferentes… 

 

O bom trabalho da World Surf League não está em causa, mas o seu calendário competitivo é criticado pelos amantes de surf de tempos a tempos, especialmente depois que um CT tem lugar no Rio de Janeiro, em ondas que levantam muitas questões, ou até do recente QS10000 disputado em Huntington Beach, o Vans US Open of Surfing, que revelou de uma forma geral ondas deploráveis e nos levou a desistir do “live stream” em muitas ocasiões. Meus amigos, a verdade é que ninguém quer ver ondas de menos de meio metro, na maré cheia e com backwash.

 

- Adriano de Souza a elevar o nível no Vans US Open of Surfing. Foto: WSL

 

Em oposição, só este ano, já vimos alguns eventos que são de lhe tirar o chapéu, como o Mentawai Rip Curl, em Lances Right, e o Komune Bali Pro, em Keramas, ambos QS1000 da Qualifying Series que contaram com ondas incríveis. Ontem também tivemos a oportunidade de ver a Rip Curl Cup ter lugar em Padang Padang com ondas épicas - em pouco mais de seis horas de transmissão. 

 

Tratou-se de um evento especial da WSL, ou seja, não conta para nada, mas juntou um bom grupo de surfistas internacionais - nenhum deles faz parte do World Tour - à armada local em ondas cuja qualidade e beleza não passam definitivamente despercebidas em qualquer lugar do mundo. 

 

Boas ondas mesmo, daquelas que já não víamos num campeonato há muito tempo e que facilmente apagam por completo um evento grandioso como o US Open of Surfing que terminou no passado domingo em plena "surf city" da Califórnia, yep, Estados Unidos da América. 

 

- Bruce Irons no Rip Curl Cup em Padang Padang e no tipo de onda que todos os amantes de surf querem ver. Foto: Nate Lawrence 

 

Afinal qual o futuro dos campeonatos de surf? Será bons prémios em ondas deploráveis ou ondas perfeitas que façam realçar o melhor do surf e dos surfistas?

 

Para nós, que gostamos simplesmente de surf, a resposta não é fácil, pois na verdade gostamos apenas de observar bom surf, seja ele feito em ondas de um ou três metros. No entanto, na impossibilidade de contarmos sempre com boas ondas como as que vimos ontem em Padang Padang ou até no Fiji Pro, a quinta etapa do Samsung Galaxy Championship Tour realizada em junho, talvez o meio termo seja a solução mais adequada.

 

Uma coisa parece, no entanto, mais do que certa: o grau de exigência tem de ser obrigatoriamente superior ao que temos visto recentemente.

 

Que acham os nossos leitores disto?

 

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Nota: Deixar respostas na zona de comentários por favor (em rodapé). Obrigado. 

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