“O SAL ESTÁ PARA FICAR”

SAL | Surf At Lisbon Film Fest terminou no passado domingo.

 

Chegou ao fim a 3.ª edição do SAL | Surf At Lisbon Film Fest. Este ano, a iniciativa que decorreu entre 30 de outubro e 2 de novembro, no Cinema São Jorge recebeu, entre espetadores e visitantes, cerca de 4.000 pessoas. Para saber mais sobre esta edição, a SurfTotal falou com o director do SAL, Ricardo Gonçalves.

 

“Penso que o balanço é claramente positivo. Criou-se uma dinâmica interessante, muito devido à mudança de data, de junho para o final de outubro, que fez com que se sentisse uma disponibilidade maior do público em estar presente, com o Verão e os dias longos já terminados, e na ressaca do período de competições no país”, começa por dizer.

 

“Esta terceira edição penso que confirma que o SAL está para ficar, quando no início muitos duvidavam da viabilidade do projecto, e esse foi um passo que foi dado no bom sentido, sendo talvez a coisa mais relevante a reter desta edição: a afirmação do evento no panorama dos grandes festivais de cinema de ao mesmo tempo no mundo do surf nacional”, acrescenta ainda.

 

No total, o SAL acolheu 2.500 espetadores em sala e um número de visitantes que durante os quatro dias do evento marcou presença nas exposições, palestras e lançamento do livro de Bruno Garrudo, que se calcula na ordem das 1.500 pessoas. “Este é um número razoável, dado o pouco hábito que existe em Portugal de frequentar espaços culturais, e que se pretende fazer crescer nas próximas edições. E tenho a certeza que irá crescer! Tem que se criar o hábito de vir ao SAL. Porque filmes de surf com esta qualidade de projecção, numa sala destas, não se encontram em qualquer lugar. No SAL o crowd é bem vindo pois há ondas para todos”, acrescenta Ricardo Gonçalves.

 

Quisemos então saber, quais foram afinal os pontos altos desta 3.ª edição. “Felizmente, e isso é público, os momentos altos foram vários. Começando com a enchente de gente entusiasmada no primeiro dia para ver o Endless Summer, passando pela exibição do filme Storm Surfers em 3D, a sessão do filme The Old the Young and the Sea, apenas para citar as mais mediáticas, e o fecho com chave de ouro que foi uma sala completamente cheia a assistir à exibição do filme vencedor, sobre a vida de Eddie Aikau”, enumera Ricardo Gonçalves.

 

“Mas além disso, houve momentos marcantes fora das salas, como um foyer cheio para a apresentação do livro do Bruno Garrudo, ‘Deambulações’, ou a mesa-redonda sobre as ondas grandes do Mar Sem Fim, que contou com a elite da especialidade e a presença do grande Garrett McNamara. E nunca é demais falar no ambiente fantástico no foyer do Cinema São Jorge, todos os dias, antes e depois das sessões”, avança ainda o director do SAL.

 

O evento contou ainda, à semelhança das edições anteriores, com uma forte componente artística, através das obras de João Bracourt, fotógrafo, João Rei, designer e mentor do Sagres Surf Culture, em colaboração com o fotógrafo Ricardo Bravo, além do já mencionado Bruno Garrudo.

 

Ainda assim, nem tudo foi fácil na preparação deste evento. “Muito embora algumas dificuldades de produção executiva subsistam, mas com algumas questões de pré-produção já mais afinadas, penso que [este ano] houve tempo para pensar mais naquilo que é essencial, e isso reflectiu-se na qualidade do cartaz e no alinhamento do evento, que fez com que, em cada sessão, tivéssemos assistido a filmes de grande qualidade, bem como à harmonização entre sessões de cinema e eventos paralelos. Como já referi, a mudança de data revelou-se acertada, pois mesmo que o público possa sempre vir em maior número, está à vista de todos a afluência massiva de público em algumas sessões”, diz o responsável à SurfTotal.

 

E claro que, quando acaba uma edição, já estamos desejosos que comece a próxima: “No próximo ano podemos esperar a quarta edição do SAL, de certeza! Sempre com a EGEAC e o Cinema São Jorge. Um SAL 2015 igual a si próprio, com um cartaz de alta qualidade que já está a ser preparado, e muita coisa mais que a seu tempo será revelada”, conclui Ricardo Gonçalves.

 

Patrícia Tadeia

 

 

 

Prémios:

A sessão de encerramento foi o momento alto da noite de sábado, onde foram anunciados os grandes vencedores da edição 2014. O prémio da Melhor Longa Metragem foi atribuído ao filme “Hawaiian - The Legend of Eddie Aikau”, de Sam George; o de Melhor Curta Metragem: “The Fortune Wild”, de Ben Gulliver; o de Melhor Produção Nacional: “Mission Papoa”, de Pedro Patrocínio; Melhor Fotografia: “Peninsula”, de Luca Merli e Matteo Ferrari; Prémio Sustentabilidade: “Beyond the Surface”, de Crystal Thornburg-Homcy e Dave Homcy. A não esquecer ainda as Menções Honrosas para “Radical - A Controversa Saga de Dadá Figueiredo”, de 3filmgroup; “Catch it”, de Sarah Menzies e “Under Desert Sun”, de Kevin Voegtlin. O Grande Prémio do Público foi atribuído ao filme "Hawaiian – The Legend of Eddie Aikau”" de  Sam George, no domingo, dia 2 de Novembro, após a conclusão de todas as sessões.

 

 

 

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