O amor e o ódio andaram de mãos dadas O amor e o ódio andaram de mãos dadas D.R sexta-feira, 25 julho 2014 16:16

LYNDIE IRONS. “JÁ NÃO SE VÊ A MESMA RIVALIDADE NO SURF COMO HAVIA ENTRE O ANDY E O KELLY SLATER”

Se fosse vivo, teria completado ontem 36 anos

 

 

Andy Irons…não há nada que já não tenha sido dito ou escrito sobre o surfista havaiano. Rival de Kelly Slater, três títulos mundiais e uma sede insaciável de vencer. Em Outubro de 2010, no Rip Curl Pro Peniche,  foi a última vez que o vimos. Um mês depois corria a notícia de que Andy tinha morrido, vítima de uma paragem cardíaca, entre boatos sobre o consumo abusivo de drogas. Kelly chorou e a indústria do surf também. Nada foi igual desde então.

 

Lyndie Irons não passa despercebida. É bonita, sim, sem dúvida. Mas não é essa a razão que nos motiva a olhar para ela. Lyndie é a mulher de Andy e por isso, nas palavras do editor do site “The Inertia”, “a rainha mais bem guardada da comunidade do surf.” Nascida e criada nas praias da Califórnia, vive hoje na terra de Andy, com o filho de três anos que carrega o nome do pai, e gere a ACACIA Swimwear – marca de bikinis – em conjunto com a sua sócia Naomi Newirth.

 

Ainda a estrear-se nas entrevistas, confessa estar pronta para falar. “Ainda me sinto muito emocionada, choro facilmente. Acho que as pessoas querem conhecer o Andy dos bastidores, os últimos 10 anos que estive com ele. Acho que estou pronta para falar e partilhar histórias. Estou mais aberta e mentalmente bem, penso”, disse ainda meio atrapalhada.

 

Palco das disputas de fim de época, o North Shore ficou para sempre gravado na sua memória. “Fico muito emocionada cada vez que o campeonato está cá e mais que nunca penso no Andy…é difícil… às vezes até vou  ao quarto chorar um bocado (risos), mas é óptimo estar aqui, tenho boas recordações”, confessou ao mesmo site.

 

Mas há uma que mantém bem viva na memória, a vitória do marido em 2003 contra Kelly. “Estava na casa da Quiksilver. Acho que congelei aquele momento, nunca me vou esquecer. Sempre que lá vou tenho aquele  sentimento de entusiasmo, acho que é o melhor sentimento que existia para o Andy. Penso que essa foi a sua vitória favorita, por isso, sinto-o”, disse.

 

Questionada sobre a relação amor/ódio entre os dois rivais, Lyndie lembra a sua intensidade. “Já no final, o Andy e o Kelly tonaram-se muito amigos, aliás, sempre foram amigos, mas a rivalidade era algo que nunca tinha visto e ainda o é. Não vemos isso hoje. Sei que era mais do lado do Andy… às vezes ele adormecia a dizer as coisas mais disparatadas sobre o Kelly e o que queria fazer e eu ficava: ‘Oh meu Deus’. Mas era o Andy e era o Kelly e eles tinham estes sentimentos intensos.”

 

In memory of Andy Irons “Vejo as pessoas a escrever livros sobre ele e não há coisas más. Acho que há um livro que é o ‘North Shore’ e sei que a meio há especulação de como ele faleceu. As pessoas escrevem o que querem e até agora não houve assim nada que me fizesse passar da cabeça e querer que a história fosse contada correctamente”, respondeu, quando questionada sobre o que pensa do que é dito sobre o atleta.

 

Talvez por essa razão, Lyndie diga estar pronta para lançar um documentário sobre a vida do surfista que continua a dar que falar. “Só quero partilhar a sua história, desde o dia que nasceu até ao dia que morreu. Só quero contar uma boa história. Toda a gente sabe a parte do surf, os factos, mas quero mostrar o outro lado”, concluiu. Para quando será? Ainda não sabemos, já que primeiro terá de arranjar um produtor para avançar com o projecto.

 

BS

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