.....sobre os últimos oito meses de batalha contra a doença de Lyme, uma infeção rara e debilitante transmitida por carraças.

A surfista de 17 anos revelou que tudo começou após o World Junior Championship, quando ficou gravemente doente e teve de ser hospitalizada na Austrália com sintomas neurológicos e gastrointestinais severos — a ponto de não conseguir andar ou levantar as pernas.

Inicialmente, Sierra foi mal diagnosticada com síndrome de Guillain-Barré, mas após meses de exames, internamentos e consultas, recebeu finalmente o diagnóstico correto no início de outubro: doença de Lyme com envolvimento neurológico e gastrointestinal.

“Houve dias em que não conseguia sequer estar em pé numa prancha”, contou Sierra. “Mas continuei a acreditar que iria voltar. Tive o apoio da Red Bull, de médicos incríveis e da minha família, que me ajudaram a encontrar respostas.”

Apesar da fraqueza, a australiana chegou a competir no Stab High e em três etapas do Challenger Series, até o corpo voltar a colapsar após o US Open. Foi então que decidiu parar completamente e focar-se na recuperação.

Hoje, Sierra mostra sinais de progresso: está a trabalhar com especialistas, a fazer fisioterapia e a voltar a surfar gradualmente, sempre com moderação. Entre sessões de treino e períodos de descanso, chegou a terminar o secundário e começou a aprender bateria.

“Alguns dias sinto-me quase normal, noutros não. É confuso e desafiante. Mas estar rodeada de amor, positividade e apoio tem sido a minha melhor terapia”, partilhou.

Com o espírito determinado que sempre a caracterizou, Sierra garante que esta fase difícil só aumentou a sua vontade de triunfar:

“Estou mais motivada do que nunca. Tenho objetivos para os próximos meses e alguns títulos mundiais em mente. Só tenho de ultrapassar mais alguns obstáculos para lá chegar.”

 

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